Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História

Como fazíamos sem Circo

O show tem que continuar

Marcus Lopes Publicado em 25/04/2016, às 09h00 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h35

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Nos banquetes da Grécia Antiga, dançarinas entretinham os convivas - divulgacao
Nos banquetes da Grécia Antiga, dançarinas entretinham os convivas - divulgacao
A palavra circo vem do latim circus, cujo significado é circunferência. O nome é uma alusão ao picadeiro, onde, há dezenas de gerações, artistas de todos os tipos encantam os espectadores com suas apresentações. Muito antes de ter esse nome, já havia espetáculos com malabaristas, acrobatas e outros tipos de arte. Na China, onde pinturas de cerca de 5 mil anos exibem contorcionistas e acrobatas, a arte circense chegou a ser empregada como mecanismo de guerra. Guerreiros chineses utilizavam a acrobacia como forma de treinamento de habilidade e força. Imagens de malabaristas também foram encontradas nas pirâmides do Egito.

No Império Romano, o Circus Maximus, cuja origem remonta ao século VI a.C., alternava corridas de carruagens e luta de gladiadores com shows de engolidores de fogo e apresentações de animais selvagens. Após um incêndio, o Maximus foi substituído pelo Coliseu, em 40 a.C.

Na Idade Média surgiram os saltimbancos – artistas populares que improvisavam apresentações em ruas, praças e feiras das cidades medievais. Eles viajavam de cidade em cidade com seus quadros de dança, acrobacias e pequenas peças teatrais. Depois passavam o chapéu recolhendo moedas do público, que ficava assistindo em volta do palco improvisado.

O conceito de circo como conhecemos hoje só surgiu em 1768, quando um militar inglês chamado Philip Astley criou em Londres um espaço fechado para apresentações de cavalos. Para entreter o público, incluiu números com palhaços, acrobatas e equilibristas. 
O sucesso do Royal Amphitheatre of Arts foi tão grande que a receita logo se espalhou por outras cidades da Europa e atravessou o Atlântico rumo aos Estados Unidos.

No Brasil, antes de surgirem os circos, no final do século XIX, a população se divertia com grupos de saltimbancos que chegavam às cidades e montavam suas tendas, onde apresentavam shows de ilusionismo, palhaços e teatro de bonecos.  Os artistas, muitos de famílias ciganas, adaptavam suas apresentações de acordo com o gosto da população local e, se algum número não agradava, era retirado da programação, em nome do respeitável público.


Palhaço
Os primeiros registros sobre palhaços datam de cerca de 4 mil anos atrás, embora desde sempre tenha havido quem se dedicasse à arte de fazer os outros rirem. Na China, os primeiros palhaços distraíam a corte dos imperadores e participavam de apresentações teatrais. Na Idade Média eles integravam as companhias de saltimbancos e atuavam como assistentes do espetáculo, abrindo espaço para os artistas no meio do povo para as apresentações. Alguns declamavam textos, outros faziam shows de malabarismo... 

No Brasil, o circo levou para o centro do palco a figura do palhaço cômico, engraçado e falante. Enquanto nas primeiras apresentações circenses europeias o palhaço era mais quieto, conquistando pelas expressões faciais e números de mímica, o palhaço brasileiro surgiu falante e dono de um humor picante, encantando crianças e adultos. Entre os nomes que fizeram a história recente nos picadeiros brasileiros estão os palhaços Arrelia, Torresmo e Carequinha.