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Matérias / Estados Unidos

O grande crash: Há 92 anos, a Bolsa de Valores de Nova York desabava

Com o fim da Primeira Guerra, o mundo mergulhou em numa "irracionalidade exuberante"

Redação Publicado em 24/10/2019, às 09h00 - Atualizado às 00h00

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Pessoas reunidas na frente de um banco, durante a Grande Depressão - Crédito: Wikimedia Commons
Pessoas reunidas na frente de um banco, durante a Grande Depressão - Crédito: Wikimedia Commons

Terminada a Primeira Guerra, o mundo mergulhou em um período de "irracionalidade exuberante", para usar a expressão consagrada por Alan Greenspan, ex-presidente do Banco Central norte-americano.

Nova potência mundial, os Estados Unidos, com cidades populosas e produtivas como Nova York, Los Angeles e Chicago, lideraram esse tempo de riqueza e excessos, que passou à História com nome de Roaring Twenties, os loucos — ou felizes — anos 20.

Eles aconteceram por causa de um boom na economia, que se deu após o crescimento e enriquecimento das indústrias do país durante a Primeira Guerra Mundial, onde as empresas exportavam itens como comida, máquinas, carvão e aço para as potências européias, e se beneficiavam com isso.

A era dos loucos anos 20 foi marcada por uma verdadeira efervescência cultural, resultado da então recente prosperidade econômica do país, e trouxe celebridades, como estrelas do esporte e do cinema, para os meios de comunicação.

O estilo de vida e o consumo da nação também mudaram, trazendo uma demanda acelerada e de larga escala de produtos nunca antes vista, que acabou fazendo com que fossem popularizados. 

A queda!

Tudo acabou na manhã de 24 de outubro de 1929, que entraria para a história como 'Quinta-Feira Negra'. A Bolsa de Valores de Nova York desabou, dando fim a uma ciranda financeira na qual bancos emprestavam a corretoras que investiam em ações como se não houvesse chance de queda de preços, e um novo capítulo da economia do país, que duraria doze anos e seria conhecido como a Grande Depressão, se abriria.

Ainda que economistas como Roger Babson e jornalistas como Alexander Noyes, do New York Times, alertassem para os ricos, qualquer pessoa acreditava que ficaria rica com ações — de magnatas a engraxates. 

Mais de 27% dos Estados Unidos ficou desempregado, empresas faliram, a produção industrial foi reduzida e não havia um só culpado: poderia se dizer que o crash ocorreu pelo próprio aumento do consumo, ou pela superprodução agrícola (que trouxe commodities em excesso, como o caso do trigo), mas não há apenas um motivo. 

A quebra de um conglomerado britânico também foi apontada como uma razão — mas, possivelmente, a tragédia nasceu da crença da riqueza para todos. Quando a realidade se impôs, as pessoas vagavam por Wall Street em busca dos culpados por terem perdido todas as suas economias.