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Amuletos fálicos encontrados em Israel

Eles tem 1900 anos e origem pagã

Redação AH Publicado em 20/03/2017, às 17h29 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h35

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Romanos não conheciam a banana, mas provavelmente achariam interessante o formato - Pixabay
Romanos não conheciam a banana, mas provavelmente achariam interessante o formato - Pixabay

Novos achados arqueológicos surgiram de uma escavação no sítio de Omrit, nas colinas de Golã, fronteira com Israel e Líbano. A equipe americana, do Carthage College, encontrou o que acredita ser a casa de um oficial romano, dedicado a supervisionar as atividades e coleta de ofertas nos templos pagãos da região. Em seu interior, foram achados três amuletos em formato de pênis, fragmentos de inscrições aos deuses Afrodite e Zeus, e ao imperador Marco Aurélio (que governou entre 161 e 180), e afrescos decorativos com motivos naturais - como os patos que podem ser vistos no canto superior esquerdo da imagem abaixo, no que acreditam ter sido o interior de uma fonte:

Na época, o final do século 2, com a derrota da Revolta de Bar Kokhba (132-136) os judeus já haviam sido expulsos e a Judeia, rebatizada de Síria Palestina. Ainda assim, o lugar jamais havia sido um centro judaico. Cesareia Filipa - ou Cesareia Paneia -, cidade onde ficava o sítio arqueológico, havia sido criada por conquistadores gregos no século 3 a.C. Lá, eles fizeram um grande templo dedicado ao deus Pã (daí o segundo nome), e depois mais outros, tornando-a um lugar sagrado. Em 20 a.C. ela passou ao domínio do rei judeu Herodes - o mesmo mencionado na Bíblia como o matador das criancinhas. Ao invés de tentar judaizá-la, ele construiu um templo pagão dedicado ao imperador romano Augusto, ao qual era subordinado. Governaria de forma semi-independente, mas, após sua morte, em 4 a.C., seus filhos não teriam a mesma sorte e a Judeia seria incorporada a Roma no ano 6.

Os falos eram amuletos comuns em Roma. Eram usados por meninos pré-pubescentes, desenhados em vasos, esculpidos para pendurar na paredes e até mesmo desfilados, em tamanho gigante, pelas ruas, nas procissões do deus Príapo (seu culto em Roma se misturou com os dos deuses Líber, Baco e Mutinus Tutunus). Dois deles estavam quebrados, um inteiro. O inteiro tinha um buraco, provavelmente para passar uma corda e pendurá-lo no pescoço. "Nós os encontramos jogados, como parte da camada de entulho. Podem ter vindo de qualquer lugar e sido usados como preenchimento de laje", afirma o arqueólogo Daniel Schowalter, chefe das escavações, ao jornal israelense Haaretz

Para quem está curioso, aqui vai a medida dos falos: três centímetros. Assim:

Fotos:  Daniel Schowalter