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Este é o mais antigo ancestral humano conhecido

Nosso tatatataravô tinha um milímetro, vivia entre grãos de areia e tinha uma parte fundamental faltando

Redação AH Publicado em 31/01/2017, às 11h45 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h35

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O minúsculo Saccorhytus coronarius é a primeira criatura na linhagem dos vertebrados - inclusive a gente - S Conway Morris / Jian Han
O minúsculo Saccorhytus coronarius é a primeira criatura na linhagem dos vertebrados - inclusive a gente - S Conway Morris / Jian Han

Se você traçar sua linha genealógica até 540 milhões de anos atrás, sua família teria a cara na foto acima. O fóssil, encontrado na província de Shaanxi (China), foi catalogado por paleontólogos da Universidade de Cambridge (Reino Unido) e a Universidade do Noroeste (China). Trata-se do mais antigo deuterostômio conhecido. 

Deuterostômios são animais cujo embrião se forma com a boca na parte de trás. O grupo inclui equinodermos (como a estrela e o pepino do mar), cordados primitivos (como os tunicados) e os vertebrados, inclusive a gente. 

Seu nome é Saccorhytus coronarius - grego e latim formando querendo mais ou menos dizer "saco enrugado em forma de coroa" (sério). O buraco em frente, não é muito mistério, é a boca. As protuberâncias cônicas são saídas de água - os cientistas acreditam que ele se alimentava filtrando partículas, e que as guelras possivelmente evoluíram a partir dessas estruturas. Ele tinha apenas um milímetro de comprimento e provavelmente vivia entre os grãos de areia, alimentando-se do que caía do oceano. Em nenhum lugar no fóssil: qualquer indício de ânus. Se realmente não existia, os restos eram expelidos pela boca, como em anêmonas e medusas modernas.

"Acreditamos que, como um deuterostômio antiquíssimo este possa representar o primitivo início de uma vasta gama de espécies, incluindo nós mesmos", afirma Simon Conway Morris, da Universidade de Cambridge. "A olho nu, os fósseis que estudamos parecem minúsculos grãos pretos, mas, no microscópio, o nível dos detalhes é de cair o queixo. Todos os deuterostômios têm um ancestral em comum e, nós cremos, estamos olhando para ele aqui."