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Imagens de Jesus de 1600 anos são reveladas na Itália

Sujeira de séculos foi removida com laser

Thiago Lincolins Publicado em 14/06/2017, às 11h49 - Atualizado em 19/10/2018, às 11h43

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Um dos afrescos encontrados com a imagem de Cristo - Comissão Pontifícia de Arqueologia Sacra
Um dos afrescos encontrados com a imagem de Cristo - Comissão Pontifícia de Arqueologia Sacra
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A imagem acima, mostrando um Jesus bem romano cercado pelos apóstolos, data de por volta do ano 400. Ainda que muita gente tenha passado seus olhos sobre ela desde que foi descoberta em 1593 pelo pioneiro arqueólogo Antonio Bozzia, só via borrões indistintos. Agora ela renasce com (quase) a clareza do dia em que foi feita. Usando lasers, milímetro a milímetro, a equipe da Comissão Pontifícia de Arqueologia Sacra removeu 1600 anos de fuligem de velas e algas para revelar uma da mais antigas imagens de Jesus conhecidas. 

Ela e a imagem que segue, com Jesus cercado de, provavelmente, Pedro e Paulo, estão nas Catacumbas de Santa Domitila, um vasto complexo de 17 km de túneis sob Roma. 

Comissão Pontifícia de Arqueologia Sacra

Os arqueólogos conhecem seu dono: um rico comerciante de cereais romano - o que é visível por pequenos detalhes que mostram seu trabalho. Aliás, foi a reforma que permitiu notar que, ao contrário do que se pensava antes, não era um padeiro, pois seus instrumentos demonstram outra profissão.  

Era uma grande reviravolta: menos de um século antes, até a conversão do imperador Constantino I, em 313, ainda era possível acabar preso e executado por ser cristão. A religião era praticamente restrita às camadas menos favorecidas, soldados e escravos. Décadas depois, a imagem de Jesus era luxuosamente recriada. "Somente as famílias mais ricas poderiam pagar uma câmara de enterro", diz a arqueóloga Barbara Mazzei, da Comissão, ao LiveScience.