Recriação universitária de receita ancestral não deu muito certo
Redação AH Publicado em 13/02/2017, às 10h34 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h35
Ingredientes: milheto, cevada, inhame, raiz de lírio e lágrimas de jó (um tipo de grão do Sudeste Asiático). Instruções: deixe os grãos germinarem, amasse, faça um caldo e deixe descansar por duas semanas para fermentar. Sirva em temperatura ambiente, por um canudo. Tim-tim!
A receita acima foi feita por estudantes da Universidade de Stanford (EUA) a pedido da arqueóloga Li Liu, que obteve os ingredientes da análise por microscopia de peças de cerâmica da China, datadas de 5 mil anos. Como ninguém sabe exatamente qual a proporção deles, foram testadas várias receitas.
Os estudantes testaram por um canudinho. A maioria foi desastrosa, descrito como "azedo" e "mofado". A receita de mais sucesso saiu "frutada" e "cítrica".
Mas seria difícil chamar essa cerveja de "bebida alcoólica" - não tinha realmente muito álcool e a consistência era de um caldo bastante espesso. "Não é cerveja no sentido que vemos hoje, como Heineken ou Tsingtao [marca chinesa]", afirma a arqueóloga, à agência de notícias de rádio NPR. "É mais como um mingau. Eu acho que cerveja então não era só para beber. Era um alimento."
A descoberta dá todo um novo sentido à célebre expressão de Jânio Quadros: "Bebo porque é líquido, se fosse sólido comê-lo-ia".
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