Ilustração do Ceratosuchops inferodios (à equerda) e do Riparovenator milnerae (à direita) - Divulgação / Anthony Hutchings
Paleontologia

Encontrados ossos de duas novas espécies de dinossauros em ilha da Inglaterra

O Ceratosuchops inferodios e o Riparovenator milnerae viveram há cerca de 125 milhões de anos

Redação Publicado em 30/09/2021, às 11h19

Duas novas espécies de dinossauros foram descobertas na Ilha de Wight, na costa sul da Inglaterra: o Ceratosuchops inferodios e o Riparovenator milnerae. Conforme a revista Galileu, ambos pertencem à família dos espinossaurídeos, conhecida pelo rosto alongado e comprimido nas laterais e pela vela dorsal formada por espinhas neurais também alongadas.

A descoberta foi anunciada na última quarta-feira, 29, no periódico Scientific Reports, da revista Nature. Segundo o estudo, em uma praia local, foram encontrados dois crânios e parte de uma das caudas dos animais, totalizando cerca de 50 ossos. Ambos viveram no período Cretácio inicial, há 125 milhões de anos.

Na imagem, o focinho do Ceratosuchops inferodios / Crédito: Divulgação / Chris Barker

 

Até então, apenas um esqueleto de espinossaurídeo havia sido encontrado em território britânico: um indivíduo da spécie Baryonyx.

“Nós sabíamos há algumas décadas que outros dinossauros semelhantes ao Baryonyx estavam aguardando para serem descobertos na ilha de Wight, mas achar os restos de dois desses animais no mesmo período foi uma grande surpresa”, declarou, em nota, o coautor Darren Naish.

O nome Ceratosuchops inferodios, de acordo com os pesquisadores, significa "garça do inferno com cara de crocodilo com chifres". A escolha se explica pelo fato que que o animal realizava ataques de maneira semelhante a uma garça, ave que costuma buscar presas aquáticas, mas que também pode incluir animais terrestres em sua dieta.

Parte do Crânio do Riparovenator milnerae / Crédito: Divulgação / Chris Barker

 

Já o nome do Riparovenator milnerae, que se traduz como "o caçador da margem do rio", faz referência à caça aquática. Além disso, a última parte, "milnerae", é uma homenagem à paleontóloga Angela Milner, que trabalhou no Museu de História Natural de Londres e morreu em agosto deste ano.

Apesar de terem encontrado esqueletos incompletos, os pesquisadores acreditam que os dois animais tinham cerca de 9 metros de comprimento, enquanto seus crânios, semelhantes aos de um crocodilo, chegavam a 1 metro.

Confira aqui o estudo completo.

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