Em reportagem do 'Fantástico', da TV Globo, as religiosas foram sequestradas durante 24 dias por homens que afirmam ser do Estado Islâmico
Wallacy Ferrari Publicado em 21/09/2020, às 07h47
Duas freiras brasileiras foram libertadas de um cativeiro em Moçambique após serem mantidas reféns por extremistas islâmicos por 24 dias. A revelação, divulgada na noite do último domingo, 20, pelo programa ‘Fantástico’, da TV Globo, foi revelada pelo bispo brasileiro Dom Luiz Fernando Lisboa.
O religioso, que ministra cerimônias em Pemba, capital da província de Cabo Delgado, relatou que, após uma série de ataques terroristas no país, a vila de Mocímboa da Praia — onde as freiras brasileiras realizavam missões — foi tomada por radicais no dia 11 de agosto. Após não deixar a cidade para acolher crianças e idosos, as duas foram sequestradas.
Com metralhadoras e tratamento hostil, as brasileiras foram levadas com violência enquanto levavam alimentos para pessoas que não conseguiram fugir dos atentados, sendo liberadas apenas no início do mês de setembro. O caso foi negociado pela instituição religiosa e pelo embaixador do Brasil em Moçambique, Carlos Alfonso Iglesias.
Dom Luiz ainda relevou que ambas foram encontradas com ferimentos e doenças contraídas no cativeiro: "As duas chegaram bastante debilitadas. Uma delas com malária, com febre alta. Agora vão precisar de repouso, cuidados médicos e psicológicos", contou ele.
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