A sangrenta Guerra do Paraguai é cenário de uma amizade calcada em gestos e olhares
Letícia Yazbek Publicado em 15/01/2019, às 16h13 - Atualizado às 16h41
O livro Menina – Mitacuña, de Paulo Stucchi de Carvalho, retrata, por meio de uma improvável amizade, a dura realidade de um dos períodos mais sangrentos da história da América Latina: a Guerra do Paraguai.
Na trama, Negro João é um soldado brasileiro que acaba de desertar do exército imperial e almeja a liberdade. No entanto, seu caminho muda ao se encontrar com María, menina paraguaia que fala apenas guarani – e única sobrevivente de sua família, que vivia no interior paraguaio.
Unidos pela tragédia e pelo destino, os dois cruzam o território paraguaio em direção a Assunção. Por meio de olhares e gestos, constroem um relacionamento de fraternidade calcado no cenário devastador da guerra.
A obra retrata a realidade do conflito, em que Brasil, Argentina e Uruguai se uniram contra o vizinho Paraguai, de Solano López. Entre fatos históricos e fictícios, relata a fome e o medo das personagens, mas também os interesses políticos e os horrores da guerra.
Menina – Mitacuña, Paulo Stucchi, Editora Schoba, 241 páginas, R$ 45,00
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