Montagem mostrando, à esquerda, pintura rupestre mostrando cena de caça, e, à direita, modelo de tigre dente-de-sabre - Divulgação/ Museu de Valltorta/ Chris Hunkeler de Carlsbad
Arqueologia

Humanos primitivos eram melhores na caça do que imaginávamos, sugere estudo

A pesquisa analisou vestígios de 1,5 milhão de anos, chegando a conclusão curiosa

Ingredi Brunato, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 03/05/2022, às 10h23

Um grupo de pesquisadores da Universidade Rice, nos Estados Unidos, analisou restos mortais de animais que foram atacados por leões e tigres dente-de-sabre há 1,5 milhão de anos. 

O estudo, que foi publicado no Scientific Reports na última segunda-feira, 2, pretendia investigar a hipótese de que os humanos primitivos do período se alimentavam de restos de presas abandonadas por felinos grandes. 

A ideia de que essas carcaças seriam uma das fontes de carne para as populações pré-históricas era, até então, relativamente bem aceita entre arqueólogos. 

Os fósseis avaliados pelos cientistas, todavia, revelaram algo inédito: na verdade, os grandes felinos da época consumiam toda a carne de suas presas, e em alguns casos engoliam até mesmo alguns ossos. As informações foram repercutidas pelo Phys.org. 

Menos carcaças, mais caças

A descoberta recente implica que os humanos de 1,5 milhão de anos atrás não contavam com a opção de comer restos de carcaças abandonadas pelos grupos de dentes-de-sabre.

Dessa forma, para que a evolução de nossa espécie tenha ocorrido, um processo que necessitou do consumo de proteína, é possível que aquelas primeiras populações já fossem caçadoras melhores do que imaginamos, também conforme o Phys.og.

Outra hipótese levantada pela pesquisa é de que os humanos de então poderiam entrar em confronto com os felinos grandes após eles terem matado suas presas, de forma a roubarem o prêmio de predadores mais hábeis. 

Vale destacar que o artigo científico reconhece que existem ainda muitas dúvidas relativas à caça e à obtenção de carne dos caçadores-coletores primitivos, e existe a expectativa de que investigações científicas futuras adicionem mais informações àquelas encontradas por eles. 

+ Para conferir o estudo na íntegra, clique aqui.

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