Objeto teria sido usado pelo imperador na época em que esteve em um campo de prisioneiros soviético
Giovanna Gomes Publicado em 24/05/2023, às 09h56
Um relógio de pulso que pertenceu ao último imperador da China foi vendido em leilão pelo valor de US$ 6 milhões, o equivalente a cerca de R$ 29,8 milhões, nesta terça-feira, 23, em Hong Kong.
O item histórico, de modelo Reference 96 Quantieme Lune, foi produzido pela empresa suíça Patek Phillip e pertenceu originalmente a Aisin-Gioro Puyi, o último líder da dinastia Qing.
Como destacou o portal de notícias G1, Puyi se tornou imperador muito jovem, com apenas dois anos de idade, em 1908, e teve sua história contada no filme vencedor do Oscar "O Último Imperador", de Bernardo Bertolucci.
Mais de vinte anos depois, o jovem governante foi colocado como imperador do chamado Estado fantoche da Manchúria, então ocupada pelos japoneses. Em 1945, foi capturado após a queda do Japão e enviado a um campo de prisioneiros soviético.
De acordo com a fonte, representantes da casa de leilões Phillips afirmam ter evidências de que o imperador chinês levou consigo o relógio de pulso na época em que foi enviado ao campo de prisioneiros.
A empresa tinha expectativa de vender o objeto por US$ 3 milhões (ou cerca de R$ 15 milhões). Entretanto, com apenas cinco minutos do início dos lances, o item acabou sendo arrematado por US$ 5,1 milhões (em torno de R$ 25,3 milhões).
Segundo as memórias de Aisin-Gioro Yuyuan, sobrinho de Puyi, o relógio era um "objeto pessoal" do imperador deposto e que foi entregue a seu intérprete russo para que o guardasse quando saiu da prisão.
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