Jarro de cerâmica com restos de recém-nascido estavam entre os achados arqueológicos
Joseane Pereira Publicado em 03/12/2019, às 08h00
Durante a escavação de uma vala para cabos de internet em Gela, sul da Sicília, trabalhadores encontraram os restos de uma antiga necrópole grega. Entre os objetos localizados, estavam ossos de um recém-nascido em um jarro de cerâmica conhecido como hidria, utilizado para transporte de água.
O achado se situa entre 700 a.C. e 651 a.C., período de colonização grega da Sicília. "As sepulturas recém-descobertas são vistas como particularmente importantes pelos historiadores, pois guardam os restos dos primeiros colonos, além de exemplos da cerâmica fina que eles trouxeram", afirmou o governo local.
Não se sabe o motivo para que o bebê fosse colocado em um jarro utilitário, mas estudos sugerem que os gregos tinham um forte medo da morte. "Necrofobia, ou o medo dos mortos, é um conceito que esteve presente na cultura grega desde o período neolítico até o presente”, afirmou a arqueóloga Carrie Sulosky Weaver em pesquisa feita no ano de 2015.
Sacrifícios de crianças eram comuns em regiões como Cartago, a 500 km da Sicília, para homenagear os deuses. "Talvez eles ocorressem por profunda piedade religiosa ou por uma sensação de que o bem que o sacrifício poderia trazer à família ou à comunidade como um todo superasse a vida da criança”, afirmou Josephine Quinn, da Universidade de Oxford, sobre os sepultamentos de Cartago.
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