Por que paramos de
usar chapéu?
Muitas foram as tentativas de trazer de volta a moda
Houve o dia em que um homem sair de casa sem chapéu era quase
inconcebível. Basta ver qualquer foto de multidões até
a metade dos anos 50. Na mesma situação, uma década depois,
quase todas as cabeças ficaram descobertas.
O acessório, universal por séculos, começou a ser destruído
pelo automóvel: até os anos 40, os carros eram altos o
bastante para o motorista empilhar o que quisesse na cabeça.
Na década seguinte, os modelos ganharam aerodinâmica e,
assim, ficaram baixos, não permitindo mais o luxo.
Ao mesmo tempo, os conversíveis também entraram em moda.
Isso tornou os cabelos masculinos (ou a falta deles) uma
visão comum e socialmente aceitável.
A tal ponto que, em seu discurso inaugural, em 20 de janeiro
de 1961, John Kennedy tornou-se o primeiro presidente
norte-americano a assumir o cargo com a cabeça descoberta.
Com a maior autoridade do país o rejeitando, rapidamente o
chapéu tornou-se opcional - e o mundo seguiu o exemplo.
O golpe final foi dado pelos hippies, que tornaram o cabelo
comprido a maior expressão da rebeldia. Ninguém que se desse
ao trabalho de deixar as madeixas crescerem por anos
iria querer tapar o resultado.
Texto: Thiago Lincolins
revisÃo: Thiago Lincolins
EdiÇÃO: caroline duarte
fotos: Pixabay