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11 perguntas sobre o 11 de setembro

Cinco anos depois dos atentados terroristas que abalaram os Estados Unidos, muitas questões permanecem sem resposta. Afinal, tudo não passou de uma grande conspiração?

Maurício Oliveira Publicado em 01/05/2006, às 00h00 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h36

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Aventuras na História - Arquivo Aventuras
Aventuras na História - Arquivo Aventuras

Quem analisa friamente a versão oficial sobre os atentados de 11 de setembro de 2001 conclui que o sucesso obtido pelos terroristas contraria a lei das probabilidades. A começar pela permanência em território americano de dezenas de conspiradores sem que levantassem qualquer suspeita. Além disso, quatro aviões foram seqüestrados sem maiores problemas. Uma simulação de exercícios de guerra marcada justamente para aquele dia confundiu o sistema de defesa e atrasou o acionamento dos caças que poderiam interceptar os vôos. E as manobras que levaram os aviões a colidirem com o World Trade Center e o Pentágono foram dignas de pilotos de primeira linha – embora eles tenham passado apenas por treinamentos básicos. Todos esses fatos, associados a uma série de outros, tornaram-se um prato cheio para teorias conspiratórias. Cinco anos depois dos atentados, muitas perguntas continuam sem resposta convincente. Veja 11 delas nas páginas a seguir:

1. Por que ninguém viu o avião que caiu no Pentágono?

De acordo com a versão oficial, um dos quatro aviões seqüestrados pelos terroristas no dia 11 de setembro de 2001 foi lançado sobre o Pentágono, símbolo do poderio militar norte-americano. À velocidade de 560 quilômetros por hora, o avião (um Boeing 757 da American Airlines) teria atravessado três dos cinco anéis concêntricos que formam a construção, transformando o concreto reforçado que protege cada um dos anéis em “mingau” – termo usado em um documento oficial do próprio governo americano sobre o episódio. Morreram as 64 pessoas que estavam no avião e 125 que se encontravam no interior do prédio.

As dúvidas sobre a veracidade dessa versão começam pelo fato de que ninguém parece ter testemunhado a aproximação do avião e muito menos visto destroços da aeronave depois do suposto choque. Poderia um avião com mais de 100 toneladas e quase 50 metros de comprimento simplesmente desintegrar-se com a colisão? Fotografias tiradas no local logo depois do acidente lembram muito mais cenas de atentados a bomba do que de acidentes aéreos. A análise das imagens forneceu ainda mais argumentos contra a história oficial do atentado.

Não tardou para que corresse a versão de que o Pentágono teria sido atingido, na verdade, por um míssil teleguiado, o que parecia mais compatível com o grau de destruição que se verificou no prédio. Teria sido um ataque simulado pelo próprio governo dos Estados Unidos? Muitos adeptos de teorias da conspiração apostam que sim. O objetivo poderia ser o de criar em Washington o mesmo clima de pânico e indignação que tomava conta de Nova York com a destruição das torres gêmeas – dessa forma, seria mais fácil angariar apoio político para as ações de combate ao terrorismo que viriam, incluindo as invasões do Afeganistão e do Iraque.

2. Os terroristas eram pilotos hábeis o suficiente para fazer as manobras com os aviões?

Pilotar um avião de grande porte a poucos metros do chão, a uma velocidade superior a 500 quilômetros por hora, e ainda assim acertar um alvo como o Pentágono com precisão cirúrgica é uma tarefa considerada no mínimo um prodígio da aviação. Pela versão oficial, essa manobra teria sido realizada pelo saudita Hani Hanjour, apontado como o terrorista que assumiu o comando do Boeing 757. Apenas um mês antes do atentado, contudo, Hanjour não conseguiu tirar do chão um Cessna 172, um avião de pequeno porte. Ele tentou alugar o Cessna, mas os representantes da locadora acharam melhor vetar a transação quando perceberam a evidente falta de familiaridade de Hanjour com a aeronave.

Outra pergunta em relação ao atentado contra o Pentágono é: já que o avião conseguiu entrar livremente no espaço aéreo da capital, Washington, por que o alvo preferencial escolhido não foi a Casa Branca, o que certamente teria um efeito muito mais devastador para a auto-estima dos Estados Unidos, além de atingir diretamente o presidente americano George W. Bush?

3. Como se explica a apatia de George W. Bush ao saber dos atentados?

A cena está no documentário Fahrenheit 9/11, de Michael Moore. Enquanto o segundo avião colidia contra o World Trade Center, o presidente americano, George W. Bush, acompanhava leituras de alunos de uma escola em Sarasota, Flórida. De repente, o chefe da comitiva, Andrew Card, aproximou-se de Bush e cochichou algo em seu ouvido. O que ele disse, soube-se depois, foi: “O país está sendo atacado por terroristas”.

Ao longo dos sete minutos seguintes – uma eternidade diante das circunstâncias –, o presidente continuou ouvindo as crianças com um olhar perdido, que não demonstrava emoção alguma. Quando a cena tornou-se de conhecimento público, a pergunta que todo mundo se fazia nos Estados Unidos era: no que, afinal de contas, o presidente pensou durante aqueles minutos? Por que não interrompeu o compromisso assim que soube da notícia e procurou se informar sobre o que estava acontecendo?

Para as pessoas que acreditam no envolvimento do próprio governo americano nos atentados, Bush não precisaria ter sido avisado de nada, até porque sabia exatamente o que estava acontecendo no momento.

4. Por que os serviços de inteligência dos Estados Unidos não descobriram os planos dos terroristas?

Um mês antes dos atentados de 11 de setembro, a CIA teria alertado o presidente Bush sobre os riscos de ataques terroristas, citando especificamente a Al Qaeda, a rede comandada por Osama Bin Laden. A rápida identificação dos terroristas pelo FBI logo depois dos atentados comprovou que havia informações disponíveis sobre a maioria deles. Soube-se mais tarde que uma escola de pilotagem de Minnesota havia denunciado as atitudes estranhas de um dos terroristas, o francês de origem marroquina Zacarias Moussaoui, que queria apenas aprender a pilotar um avião sem se interessar pelos momentos da decolagem e do pouso.

Uma das teorias conspiratórias que surgiram em decorrência dos atentados de 11 de setembro diz que os planos dos terroristas já eram de conhecimento do governo americano, que apenas monitorou as ações do grupo no sentido de criar um clima favorável ao presidente Bush em suas intenções de invadir o Iraque e o Afeganistão. De fato, os ataques terroristas foram convenientes para o presidente em vários aspectos. Seu índice de popularidade pulou de 50% para 90% quando ele se tornou o líder da guerra contra o terrorismo. E a indústria de armas, uma das principais financiadoras de sua campanha à Presidência, deu pulos de alegria com as encomendas e a valorização das ações nas bolsas de valores.

5. Por que os aviões não foram interceptados por caças?

Justamente naquele dia 11 de setembro estava ocorrendo, nas proximidades da fronteira com o Canadá, uma série de exercícios militares que envolveu parte dos caças interceptadores que deveriam estar atuando nas áreas onde ocorreram os atentados. A mistura entre realidade e ficção confundiu operadores de vôo e outros profissionais ligados à segurança aérea, que demoraram a perceber que havia algo de errado quando alguns aviões sumiram do radar.

Os terroristas desligaram o transponder, aparelho que identifica o avião para os controles civis em terra. Esse ato é típico de terrorismo e indica uma grande ameaça – seria, por si só, justificativa para a interceptação. Mas nada foi feito durante mais de 20 minutos, o que deu uma confortável vantagem para os terroristas. O comando militar só teria sido avisado sobre o sumiço do vôo 77 dez minutos antes de o avião supostamente cair sobre o Pentágono.

6. Os passageiros do avião que caiu na Pensilvânia realmente lutaram contra os terroristas?

Diz a versão oficial que os passageiros do vôo 93 da United Airlines, que caiu sobre uma área rural não habitada da Pensilvânia, teriam heroicamente lutado contra os seqüestradores a ponto de fazer a aeronave ir ao chão antes de atingir o alvo, possivelmente a Casa Branca. Os passageiros teriam sido informados por telefone sobre o atentado ao World Trade Center e queriam evitar que algo semelhante ocorresse – por isso resolveram invadir a cabine de comando e lutar contra os terroristas.

A suspeita natural que surgiu é que ao menos esse avião, que percorria um trajeto mais longo que os demais, foi interceptado e abatido pelos caças da Força Aérea americana. Reforça essa hipótese o fato de os destroços da aeronave terem sido encontrados em um raio de 6 quilômetros, algo que não se encaixa muito bem na versão de que o avião teria caído sem ter sido atingido.

Seria, contudo, um choque para a população saber que os 44 inocentes passageiros daquele vôo haviam sido mortos pela ação de um caça interceptador. Além do mais, no processo de reconstrução do moral do país depois dos atentados (e de convencimento da população sobre a necessidade de invadir o Iraque e o Afeganistão), seria conveniente contar com a memória de heróis pela qual valesse a pena lutar.

7. Quem se beneficiou com a destruição das Torres Gêmeas?

A companhia que administrava o World Trade Center, o Silverstein Group, havia acabado de arrendar o complexo em um contrato com 99 anos de duração. Mas já fazia algum tempo que o conjunto de sete prédios era deficitário, com muitas salas desocupadas. O primeiro passo da nova administração seria investir 200 milhões de dólares em reformas, mas os atentados acabaram poupando esse dinheiro – além de resultar em 3,6 bilhões de dólares em seguro.

A análise quadro a quadro das cenas de desmoronamento das torres gêmeas revela detalhes intrigantes: jatos de poeira que sugerem indícios de explosão, embora oficialmente sejam resultado da queda sucessiva dos andares superiores sobre os inferiores. A suspeita de uso de explosivos ganhou força em função da queda vertical da primeira torre, típica de implosões planejadas. Além do mais, algumas testemunhas relataram ter ouvido explosões antes dos desabamentos.

E como artefatos de implosão poderiam ser instalados em um lugar tão movimentado como o World Trade Center sem que ninguém percebesse? Nesse ponto, há um fato que fez a festa de quem adora teorias conspiratórias: um dos diretores da companhia que cuidava da segurança do World Trade Center era ninguém menos do que Marvin Bush, o irmão caçula do presidente.

8. Evidências foram destruídas?

O vídeo feito por uma câmera instalada no alto do Hotel Sheraton, próximo ao Pentágono, teria sido confiscado por agentes federais logo depois do atentado. Imagens registradas pela câmera de segurança de um posto de gasolina que só atende a militares também teriam sido requisitadas por representantes do governo americano. Cenas gravadas por sistemas de monitoramento do Departamento de Trânsito também não chegaram ao público.

Da mesma forma, o conteúdo das caixas-pretas dos aviões não foi divulgado – oficialmente, nenhuma das quatro resistiu às colisões. Trabalhadores que atuaram na remoção dos destroços do World Trade Center relataram, contudo, que pelo menos duas caixas-pretas foram, sim, encontradas, e que agentes federais exigiram segredo absoluto sobre o episódio.

O acesso ao entulho resultante do desmoronamento das torres gêmeas por especialistas independentes foi vetado pelo prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani. Esses especialistas poderiam avaliar a pertinência da versão de que o colapso das torres foi conseqüência do choque dos aviões e investigar a possibilidade de uso de explosivos.

9. Quem mandou antrax pelo correio?

Nas semanas seguintes aos atentados terroristas, uma nova ameaça levou pânico à população dos Estados Unidos: o envio pelo correio de esporos de uma bactéria letal, o antrax. As correspondências foram enviadas justamente a pessoas e instituições que poderiam ter algum peso no questionamento das versões oficiais do atentado, como jornais e emissoras de TV. O senador democrata Tom Daschle, que havia proposto a criação de uma comissão no Senado para investigar as perguntas não respondidas do caso, foi um dos destinatários. Vinte e duas pessoas foram contaminadas, entre funcionários dos correios e pessoas que manipularam as cartas nos locais de destino, e cinco delas morreram.

O tipo de material enviado nas correspondências era manipulado apenas em locais controlados. Investigações do FBI levaram ao nome do biólogo Steven Hatfill, especialista em armas biológicas que trabalhava em um laboratório de doenças infecciosas do Exército americano localizado em Maryland. Ele não foi oficialmente apontado como autor dos atentados – as investigações não foram conclusivas – e sempre negou ser o responsável pelo envio dos esporos da bactéria. Agora está processando o governo americano por difamação e calúnia.

10. Por que Bin Laden não foi capturado?

Quando ocorreram os atentados de 11 de setembro, 24 membros da família Bin Laden, uma das mais ricas da Arábia Saudita, estavam nos Estados Unidos, a maior parte cursando universidades. Por iniciativa da embaixada da Arábia Saudita, com o apoio do FBI, todos foram reunidos o mais rápido possível e embarcaram, no dia 18 de setembro, para Paris. A justificativa era que a integridade deles estava em risco. O jato especialmente destinado à missão passou por várias cidades dos Estados Unidos para recolher os familiares do alegado inimigo número um do país, sem que qualquer um deles fosse interrogado sobre um possível envolvimento com o episódio ou, na melhor das hipóteses, sobre a suspeita relação com o parente famoso.

No documentário Fahrenheit 9/11, Michel Moore relatou ligações antigas entre as famílias Bush e Bin Laden, inclusive em empreendimentos na área armamentista. Há quase três décadas, Bush pai teria contratado, como empresário, serviços de Salem Bin Laden, o irmão de Osama que controlava os negócios da família à época. A construtora dos Bin Laden tem relação com importantes corporações americanas e realizou muitas obras de infra-estrutura no país.

Outro aspecto que nunca ficou bem explicado é como Bin Laden teria conseguido coordenar ações tão bem planejadas estando em um país com pouca infra-estrutura como o Afeganistão, a 15 mil quilômetros de distância. E como conseguiu se esconder tão bem a ponto de não ser encontrado.

Parece conveniente para o governo dos Estados Unidos manter Bin Laden como uma ameaça constante. E o terrorista foi bem camarada com Bush ao divulgar um vídeo com novas ameaças na reta final da campanha de reeleição do presidente americano.

11. Os números que compõem a data 11/09/2001 significam algo?

Esotéricos e curiosos em geral encontraram “sinais” na data dos atentados terroristas. A mais óbvia é a coincidência entre 9/11 (já que nos Estados Unidos a data é escrita com o mês à frente do dia) e o telefone de emergência conhecido em todo o país, 911. Entre os adeptos da crença no portal “11:11”, que dizem ver esse número constantemente em relógios digitais e acreditam se tratar de uma senha para um portal que se abrirá aos escolhidos, a data dos atentados quer dizer algo: afinal, ocorreram no dia 11 e a soma dos algarismos do dia e do mês (1+1+9) também resulta em 11. A única falha nessa argumentação é que haveria uma forma de deixar tudo muito mais claro: bastaria os atentados terem sido realizados no dia 11 de novembro, o 11º mês do ano.

O atentado que ninguém viu

Um dos quatro aviões seqüestrados pelos terroristas em 11 de setembro de 2001 foi lançado sobre o Pentágono, de acordo com a versão oficial. Mas parece que ninguém testemunhou o ataque, deixando várias dúvidas no ar:

• Antes do dia 11 de setembro, havia uma discreta marca no gramado ao redor do Pentágono que, curiosamente, marcava a linha exata do ponto de colisão do suposto avião com o prédio. Essa misteriosa marca não era percebida do chão, mas podia ser vista em imagens de satélite.

• O gramado próximo ao local da suposta colisão permaneceu intacto, dando a entender que o avião caiu cirurgicamente no prédio – isso a mais de 500 quilômetros por hora e pilotado por um amador.

• Os destroços do avião simplesmente sumiram – inclusive as asas, que teoricamente se chocaram com uma parte do Pentágono que não foi destruída.

• Testemunhas relataram um som mais agudo e menos ensurdecedor do que o de uma turbina de avião – um som mais parecido com o de um míssil.

• Apesar da violência do choque – forte o suficiente para fazer um avião se desintegrar –, janelas localizadas a poucos metros do suposto ponto de contato entre o avião e o prédio permaneceram intactas (destaque na foto). Até um monitor de computador pôde ser visto em uma das imagens, colocado normalmente sobre uma mesa próxima a uma das paredes destruídas.

• O rombo encontrado em uma parede interna do Pentágono tinha cerca de 4 metros de diâmetro, pequeno demais para ter sido produzido por um avião de grande porte.

Saiba mais

Livro

11 de setembro e outras mentiras que nos contaram

David Heylen Campos, Universo dos Livros, 2005

Uma visão conjunta das principais conspirações recentes, com ênfase no atentado às torres gêmeas em 11 de setembro de 2001.