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Como Fazíamos Sem...Armas de fogo

Espadas, usadas há maisde 4 mil anos, foram imbatíveisaté o século 19

Tarso Araujo Publicado em 01/04/2006, às 00h00 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h36

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Aventuras na História - Arquivo Aventuras
Aventuras na História - Arquivo Aventuras

O homem nunca precisou de armas de fogo para encarar uma briga. No fim do período paleolítico (por volta de 10 000 a.C.), nossos ancestrais já lascavam pedras para obter objetos pontiagudos e se defender, por exemplo, de animais. Na Idade do Bronze (3000 a 700 a.C.), quando o homem aprendeu a trabalhar o metal para fazer pontas de lanças e lâminas, ele inventou a espada – arma que ficou imbatível durante milênios.

Por volta de 2000 a.C., espadas, lanças, machados e martelos, feitos de bronze, eram usados na África, Ásia e Europa – embora os chineses preferissem arco e flecha. Com o desenvolvimento da metalurgia, em 1000 a.C., foi possível o uso do ferro – e do aço, obtido a partir da mistura acidental de ferro quente com o carvão em brasa – para a construção das armas. Nessa época, o fim do nomadismo acirrou as disputas por terra – e as novas espadas protagonizaram todas as batalhas importantes da Antiguidade, como as Guerras Púnicas.

Os romanos destacaram-se por sua habilidade de aperfeiçoar as armas estrangeiras durante a República (510 a 44 a.C.). O famoso gládio romano, por exemplo, tinha o desenho copiado dos celtas espanhóis. E a catapulta, inventada na Grécia em 400 a.C., na versão romana recebeu rodas para mover-se até o campo de batalha – atirava pedras de 130 quilos a 100 metros de distância ou centenas de flechas de uma só vez.

O armamento romano foi usado na Europa e partes da Ásia e África, com poucas variações, até a Idade Média. E as espadas continuaram importantes mesmo após o surgimento dos canhões, no fim do século 14, e dos mosquetões, no século 15. Os canhões não eram úteis quando os guerreiros partiam para a luta corporal, e carregar o mosquetão a cada tiro demorava segundos preciosos (até o século 18, eram três tiros por minuto, no máximo). Nas Guerras Napoleônicas, por exemplo, já havia grande disponibilidade de armas de fogo, mas nenhum militar dispensava o uso de uma espada na cintura. Ela só virou artigo ornamental nas guerras com a invenção da primeira arma de fogo automática, em 1885, pelo americano Harim Maxim.