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Como fazíamos sem férias

Feriados vêm da Antiguidade, mas descanso anual só depois da Revolução Industrial

Redação Publicado em 16/05/2016, às 08h21 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h36

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No campo ou na cidade, a sociedade sempre se organizou em torno de atividades produtivas. Mas, assim como as horas dedicadas ao trabalho, períodos separados para atividades recreativas existem há muito tempo. Como conceito organizado, deriva do calendário religioso romano – os dias para descanso eram chamados de feriae, ou
férias. Como os romanos celebravam mais de 100 feriados religiosos, dias dedicados a banquetes e celebrações aos deuses, os dias de trabalho eram, ironicamente, chamados de dies vacantes, ou dias vazios. Com a ascensão do cristianismo, a ideia de guardar um dia da semana foi ainda mais disseminada, já que o domingo era reservado para reflexão e preces. Muitas tradições religiosas reservam um dia ao descanso. Enquanto os muçulmanos tiravam a sexta- feira, os judeus observavam o
sabá, mas períodos extensos de folga não eram comuns. Até mesmo a ideia do fim de semana, dois dias inteiros para ócio, independentemente de credo, surgiu apenas com o fim da economia sustentada na lavoura.
O primeiro país a conceder férias anuais aos trabalhadores foi a Inglaterra, em 1872. No Brasil, férias trabalhistas de 15 dias por ano foram aprovadas em 1924, por meio de um projeto da Comissão de Legislação Social do Congresso para funcionários de indústrias, comércio e bancos. Em 31 de dezembro do ano seguinte, o direito de todos os trabalhadores urbanos brasileiros a férias anuais foi instituído. Dez anos depois, as férias foram incluídas na Constituição. Em 1943, acabaram ampliadas para os atuais 30 dias por ano.