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A criação de Mickey Mouse

A criação de Mickey Mouse

Fernanda Castro Publicado em 23/06/2009, às 19h25 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h36

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Aventuras na História - Arquivo Aventuras
Aventuras na História - Arquivo Aventuras

Em fevereiro de 1928, Walt Disney (1901-1966) era um cineasta com apenas um sucesso no currículo:
Oswald, o Coelho Sortudo. O personagem de animação havia sido lançado um ano antes, com algum êxito de bilheteria. Quando viajou a Nova York para pedir ao estúdio Universal um aumento nos ganhos, ouviu uma contraproposta ofensiva: aceitar a redução de 20% no cachê, ou então a empresa tomaria o coelho. Na viagem de trem para sua casa em Hollywood, ele começou a pensar numa alternativa - um animal parecido com Oswald, apenas com o rabo mais longo e as orelhas mais curtas. Quis batizá-lo de Mortimer, mas sua esposa Lilly, que viajava com ele, achou muito "efeminado". Ela então sugeriu
Mickey. Ao chegar em casa, Disney tinha um esboço pronto do ratinho. Em 18 de novembro de 1928, o personagem estreou nos cinemas com o curta-metragem Steamboat Willie. Essa é a versão oficial para o nascimento desse ícone do século 20. Mas os biógrafos do empresário contam uma história diferente: a ideia de substituir o coelho foi de Disney, mas Mickey teria sido desenhado depois, pelo animador Ub Iwerks (1901-1971). Controvérsias à parte, o fato é que o sucesso foi imediato. Em 1929, o bichinho dócil, íntegro e ingênuo protagonizou 12 curtas-metragens. Cinco anos depois, ele já rendia 600 mil dólares em merchandising e era o grande símbolo da empresa. Enquanto isso, o coelho Oswald sumia do mapa - até ser novamente adquirido pela Disney, em 2006.

HISTÓRIAS DE UM CAMUNDONGO
O personagem já bebeu cerveja e foi usado como código militar

REMODELAGENS
Mickey fez várias "plásticas", a mais recente em 2000. Com o rabo e o focinho menores, ele ganhou jovialidade. A mudança completou uma transição identificada por Marc Eliot, biógrafo de Disney: com o tempo, o rato ficou cada vez mais arredondado e parecido com uma criança.

UMA SÓ VOZ
Disney falava de Mickey como se ele fosse um filho. A relação do criador com a criatura era tão forte que o empresário dublou o rato de 1928 até 1946. Desde então, dois atores se sucederam na tarefa de ser a voz do personagem.

ÁLCOOL E CIGARRO
Antes da estreia oficial, Walt dirigiu dois filmes com o personagem, mas ambos só chegaram aos cinemas depois de Steamboat Willie. Em um deles, The Gallopin' Gaucho, o camundongo bebe cerveja, fuma e dança tango com a namorada Minnie.

SUCESSO TARDIO
Em 1940, Fantasia, o primeiro filme de longa-metragem do ratinho, custou 2,28 milhões de dólares e foi um fiasco comercial. Só nos anos 60 a animação, que não tinha diálogos e era acompanhada por
música erudita, tornou-se um clássico do cinema.

SENHA MILITAR
Na Segunda Guerra, os estúdios Disney produziram filmes e pôsteres em prol dos soldados americanos. A popularidade do rato era tão grande que "Mickey Mouse" foi usado como senha durante as operações do Dia D.

MÁQUINA DE DINHEIRO
Na década de 30, o ratinho virou febre mundial. Vários países o rebatizaram: na Itália, ele era Topolino; na Suécia, Musse Pigg; no Japão, Miki Kuchi. Surgiu também uma gama de produtos com a marca do bicho. Em 1933, foram vendidos 2,5 milhões de relógios.