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O doping já existia desde a primeira Olimpíada

O doping já existia desde a primeira Olimpíada

01/12/2007 00h00 Publicado em 01/12/2007, às 00h00 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h36

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Aventuras na História - Arquivo Aventuras
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Fazer uso de substâncias que aumentam a força e a resistência física não é hábito exclusivo da modernidade. Relatos do escritor grego Philostratus apontam que desde a primeira Olimpíada, disputada em 776 a.C no santuário de Olímpia (local que deu nome ao campeonato), os atletas bebiam chás com diversas ervas e comiam cogumelos para alcançar maior rendimento nas competições. Na era moderna, os esportistas não abandonaram o doping. Em 1896, corredores e ciclistas usavam cocaína, efedrina e estricnina em forma de pequenas esferas, chamadas de “bolinhas”, para ficarem mais rápidos. Na época, o doping não era proibido, embora fosse malvisto. Em 1904, na Olimpíada de Saint Louis, o americano Thomas Hicks ganhou a maratona com a ajuda de ovos crus, doses de conhaque e injeções de estricnina que eram aplicadas enquanto o cara corria. Após a Segunda Guerra, jovens soldados que viraram atletas disseminaram o uso de anfetaminas e esteróides anabolizantes. Como eles conheciam as substâncias? A primeira era usada no front para diminuir a fome, a sede e o cansaço. Já a segunda era usada no pós-guerra para recuperar a massa muscular de prisioneiros desnutridos.

Cafeína: estimulante campeão

A cafeína é provavelmente o estimulante mais usado no planeta. Até a Olimpíada de 2000, em Sydney, se um sujeito de 75 quilos tomasse uma quantidade superior a quatro xícaras de café expresso (ou 12 microgramas por mililitro de urina) já seria caracterizado doping. Por falta de estudos comprovando seu benefício nas competições, a cafeína acabou retirada da lista de substâncias proibidas divulgada em 2004. Mas outras substâncias estimulantes fizeram sucesso nos últimos séculos. Um vinho produzido por um alquimista da Córsega e batizado de Vin Mariani, popular no fim do século 19, levava folhas de coca em sua composição. Mas o pior caso de doping deve ter sido o dos nadadores das décadas de 70 e 80: ar comprimido pelo ânus pouco antes da prova. Assim, flutuavam melhor na água.