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Filme 300: Antiguidade futurista

Os erros e acertos do filme 300, que retrata a guerra entre gregos e persas

Reinaldo José Lopes Publicado em 01/03/2007, às 00h00 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h36

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Aventuras na História - Arquivo Aventuras
Aventuras na História - Arquivo Aventuras

Imagine uma Grécia antiga tão escura, violenta e estilosa quanto os cenários do filme Sin City. Pois esse é o mundo de 300. E não por acaso: o novo épico sobre o combate entre gregos e persas no ano 480 a.C. também é uma adaptação fiel de uma série de quadrinhos do americano Frank Miller, o criador de Sin City.

O diretor Zack Snyder reconstruiu em computador a Batalha das Termópilas, em que os 300 espartanos do título e seus aliados enfrentam os 2 milhões de persas do rei Xerxes (Rodrigo Santoro, irreconhecível) em nome da liberdade da Grécia. O resultado captura muito bem o clima desse primeiro grande confronto entre Oriente e Ocidente. Mas licença poética é o que não falta na trama.

Clima certo, história errada

Confira algumas das viajadas do filme, baseado numa história em quadrinhos

No filme

• A iniciação do menino Leônidas, futuro rei de Esparta, envolve passar uma temporada sozinho na floresta e matar um lobo com uma lança de madeira.

• Os éforos aparecem como sacerdotes deformados, corruptos e maníacos sexuais que controlam Esparta e estão vendidos para os persas.

• Uma jovem “oráculo” (ou seja, uma vidente) vive junto com os éforos numa montanha perto de Esparta e profetiza a derrota dos gregos diante de Xerxes.

• Na ficção, o corcunda Efialtes, nascido em Esparta, trai os gregos porque sua entrada no exército helênico havia sido rejeitada por Leônidas.

• O rei espartano Leônidas consegue, na trama de Frank Miller, ferir o próprio Xerxes, o rei da Pérsia, durante o confronto final.

Na vida real

• Os espartanos passavam a infância e a adolescência em rigoroso treinamento para a guerra, mas não enfrentavam lobos. Seus futuros reis tinham educação menos severa.

• Na verdade, os éforos eram magistrados eleitos por todos os cidadãos espartanos e tinham funções políticas, não religiosas. Eles apoiaram a resistência aos persas.

• O oráculo consultado pelos gregos durante a invasão persa era o famoso Oráculo de Delfos, que ficava muito longe de Esparta. Foi a sacerdotisa de lá que aconselhou a rendição.

• Efialtes existiu mesmo, mas era um morador da região das Termópilas, sem nenhuma ligação com Esparta. Ele traiu seus conterrâneos por dinheiro.

 Protegido por seus numerosos homens (o exército era formado por mais de 40 povos diferentes), Xerxes nunca sequer chegou perto da frente de batalha.