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A ira irlandesa em filme

Filme narra a luta da Irlanda contra a dominação britânica

Cíntia Cristina da Silva Publicado em 01/12/2006, às 00h00 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h36

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Aventuras na História - Arquivo Aventuras
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O envolvimento de um médico na luta pela independência da Irlanda e sua filiação ao Exército Republicano Irlandês, o IRA, são o mote de The Wind that Shakes the Barley (“O vento que balança a cevada”, em tradução literal), que estréia no Brasil em janeiro. O filme causou controvérsia ao mostrar a brutalidade do Exército inglês. Críticos britânicos mais exaltados o consideraram um elogio ao IRA.

Na verdade, a história do personagem principal funciona como um prólogo para a compreensão dos eventos que tornaram a República da Irlanda cenário de uma guerra civil entre católicos e protestantes no século 20 – conflito que começou bem antes, no século 16, com a criação da Igreja Anglicana. Os católicos, apesar de maioria, passaram a ser perseguidos e a ter suas terras expropriadas em benefício dos protestantes, que contavam com o apoio da coroa inglesa.

O filme também mostra a virulência com a qual – finda a ocupação inglesa selada com a assinatura de um acordo – os irlandeses começaram a se atacar mutuamente. Ex-companheiros contra o império, agora se dividiam entre os que queriam a total independência da Inglaterra e os que apoiavam o acordo que mantinha a Irlanda sob o domínio britânico. E a guerra entre eles foi tão sangrenta quanto o combate contra o inimigo estrangeiro. Deflagrado nessa época, o conflito entre católicos e protestantes se arrastou até um acordo de paz em 1998.

The Wind that Shakes the Barley

Estréia: Janeiro

Direção: Ken Loach

Inimigos mortais

Ficção ajuda a entender briga

Uma das principais cenas de The Wind that Shakes the Barley é logo a de abertura. Um grupo de homens disputa um jogo de tacos, mas o cenário calmo é invadido por uma violenta patrulha do Exército britânico que aborda alguns dos rapazes. Um deles se nega a dizer seu nome em inglês e é morto no celeiro de sua casa – para horror da mãe, irmã, avó e amigos presentes. Embora fictícia, a cena demonstra como, em 1920, a ocupação inglesa na Irlanda atingia seu ponto de ebulição. É aí que começa a batalha entre o Exército inglês e as guerrilhas de cidadãos republicanos que juravam fidelidade à pátria irlandesa.