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Japão e Alemanha: De volta ao front

Japão e Alemanha: De volta ao front

Guilherme Gorgulho Publicado em 01/01/2007, às 00h00 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h36

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Aventuras na História - Arquivo Aventuras
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Seis décadas após o final da Segunda Guerra Mundial, as duas maiores potências derrotadas no conflito, Alemanha e Japão, organizam-se para reestruturar seu poderio bélico, depois de afastados os estigmas de ameaça à segurança mundial que elas representavam no pós-guerra.

Em um cenário diplomático completamente diferente daquele da década de 1940, quando as nações vitoriosas impuseram uma série de restrições militares aos dois principais perdedores, a necessidade de uma ação conjunta contra o terrorismo e contra a produção de armas de destruição em massa neste início do século 21 fez com que as intenções alemãs e japonesas fossem vistas com outros olhos.

No comando do país europeu desde novembro de 2005, a chanceler Angela Merkel ratificou recentemente um documento aprovando a ampliação do papel internacional das Forças Armadas da Alemanha. Os alemães, que integram a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) desde 1955, vêm defendendo uma posição mais ativa de suas tropas em operações de segurança e reconstrução de países afetados por conflitos militares. No final de setembro, o Parlamento alemão autorizou uma extensão de 12 meses no mandato de suas tropas no Afeganistão, onde cerca de 3 mil soldados, posicionados no norte do país, participam de uma missão de paz. Além disso, Berlim controla a parte naval da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil, na sigla em inglês), reforçada após o fim da guerra entre Israel e o grupo xiita Hezbollah, em agosto.

Ameaça da coréia do norte

Já no Japão, a principal preocupação no governo do premiê Shinzo Abe quanto à segurança da região foi o alerta gerado pelo teste nuclear promovido pela Coréia do Norte em outubro. O fortalecimento do arsenal da vizinha China também foi pretexto para que os japoneses começassem a mudar seus planos para a área da defesa. Abe indicou que lutará por uma emenda ao artigo 9º da Constituição, que atualmente impede o Japão de desenvolver suas Forças Armadas. O Parlamento ratificou recentemente a transformação da Agência de Defesa em Ministério, com o objetivo de dar mais poderes ao órgão. Além disso, o país também está fortalecendo seu arsenal de mísseis.

Segundo a CIA (agência de inteligência dos EUA), a Alemanha ocupa hoje a posição de número 106 no ranking dos países que mais investem em Defesa em relação ao PIB, enquanto o Japão está em 134º lugar: ambos ainda estão abaixo da média mundial de 2% do PIB.