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L¿Iber: museu de miniaturas

Prédio abriga maior museu de miniaturas do mundo

Kelly Alves Publicado em 01/06/2008, às 00h00 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h36

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Aventuras na História - Arquivo Aventuras
Aventuras na História - Arquivo Aventuras

Inaugurado em 15 de maio de 2007 na cidade espanhola de Valência, o L’Iber é o maior museu de miniaturas do mundo. Por enquanto, ele tem 76 500 figuras, montadas em cenários que reproduzem guerras e passagens épicas da História, em especial a da Espanha. Mas a coleção ainda está longe de ficar completa. Quando o museu estiver totalmente pronto, em 2011, o número de personagens deverá passar de 1 milhão.

Tudo isso é resultado das pesquisas de dom Álvaro Noguera Giménez, um empresário espanhol que esteve entre os fundadores do jornal El País. Ao morrer, em 2006, Giménez deixou milhares de miniaturas, compradas em leilões ao redor do mundo e também fabricadas sob encomenda, especialmente para o museu que ele pretendia criar. O próprio dom Álvaro desenhou os cenários onde foram encaixados os personagens.

Os dioramas, como são chamadas as maquetes, foram construídos pela equipe de historiadores do museu. Foi um trabalho detalhista, em que cada figura foi criada graças a uma reconstituição de época cuidadosa. O prédio onde estão as atuais dez salas da exposição também vale a visita: trata-se do palácio do marquês de Malferit, uma casa construída entre o fim do século 14 e o começo do 15. O edifício, de estilo gótico e fachada neoclássica, está localizado na calle Caballeros, que foi a via principal da cidade medieval espanhola.

1. Rei odiado

Fernando VII (1784-1833) é considerado o rei espanhol mais detestado da história do país. Ainda que não possa ser acusado diretamente por todos os assassinatos e torturas que ocorreram sob seu reinado, ele é conhecido como el Rey Felón (o rei cruel). A cena acima recria seu funeral.

2. Beato severo

Carlos d’Espagnac (1775-1839), o conde de Espanha, ficou conhecido por ser um absolutista sanguinário e um religioso compulsivo. Nesta maquete, ele aparece repreendendo um grupo de padres em Manresa, Catalunha. Eles eram acusados de ocultar rebeldes no monastério.

3. Elefantes em combate

Em 202 a.C., a Segunda Guerra Púnica marcou a derrota final de Cartago para Roma. Na última batalha do conflito, em Zama, o general Aníbal Barca (287-183 a.C.) e seu exército de 53 mil homens e 80 elefantes perdeu para os 45 mil homens do general Públio Cornélio Cipião (236-184 a.C.).

4. Veraneio

María Cristina de Habsburgo-Lorena (1858-1929) governou a Espanha entre 1885 e 1902. Em sua regência ocorreu a guerra contra os Estados Unidos, quando o país perdeu as últimas colônias. Aqui ela é retratada em um verão na Playa de la Concha, localizada no País Basco.

5. As motos do ditador

A guarda motorizada do ditador Francisco Franco (1892-1975) era composta por 100 motos modelo Harley-Davidson, presente do governo dos Estados Unidos em agradecimento à construção de bases militares americanas em território espanhol.

6. Moda recente

Além de batalhas e cenários de grande valor histórico, o museu também exibe uma seleção dos elegantes exemplares da Pixi, uma empresa francesa que confecciona bonecos em toy art relacionados com a história recente da moda. Destaque para os modelitos de grifes como Christian Dior, Balenciaga e Yves Saint-Laurent.

7. Spa romano

Popéia Sabina foi a segunda esposa do imperador Nero (37-68). Ela ficou conhecida pelos novos métodos de beleza que implantou na sociedade romana, como os banhos de leite de burra, que serviriam para preservar a juventude.

8. A menina dos olhos

A reprodução da Batalha de Almansa é o diorama favorito dos criadores do museu. Mede 5 metros por 4 e retrata um momento da Guerra de Sucessão Espanhola (1702-1714), o conflito que uniu espanhóis e franceses contra tropas inglesas, portuguesas e alemãs.

9. Atentado no casamento

Em 1906, o rei espanhol Alfonso XIII (1886-1941) se casou com a princesa britânica Victoria Eugenia de Battenberg. Após a cerimônia, sofreram um atentado a bomba, que estava escondida em um ramo de flores lançado pelo anarquista Mateo Morral. O casal saiu ileso.

10. Terra de coelhos

Este cenário homenageia os fenícios, que, de acordo com uma antiga lenda espanhola, batizaram uma parte da península Ibérica com o nome Hispania. A palavra significa “terra de coelhos”, animal pouco conhecido pelos fenícios e que abundava naquela região entre os séculos 8 e 7 a.C.

Saiba mais

Calle Caballeros, 20 y 22, Valência, Espanha

Aberto de terça a sábado, das 11h às 14h e das 16h às 19h, e aos domingos, das 11h às 14h www.museoliber.org/