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Memórias de Guerra: Memórias de um premiê

Segundo volume chega agora às livrariase completa as lembranças de Churchillsobre a Segunda Guerra Mundial

Sergio Amaral Silva Publicado em 01/05/2006, às 00h00 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h36

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Aventuras na História - Arquivo Aventuras
Aventuras na História - Arquivo Aventuras

Personagem obrigatório da história do século 20, o inglês sir Winston Churchill (1874-1965) foi, além de político dos mais importantes de seu país, um escritor talentoso. Deixou cerca de 30 livros, principalmente de história, seu tema favorito. O ponto alto de sua obra foram as Memórias de Guerra, originalmente em seis volumes, o último dos quais publicado em 1948. Esse trabalho foi decisivo para que o autor recebesse o Prêmio Nobel de Literatura de 1953.

São essas memórias, condensadas em dois volumes, de cerca de 600 páginas cada, que acabam de sair no Brasil. Segundo o próprio autor escreveu em 1957, nessa versão resumida foram deixados de lado os “pormenores militares”.

O primeiro volume, editado no ano passado, abrange todo o período entre guerras, iniciando em 1919 e chegando à invasão da União Soviética pela Alemanha, em 1941. Nesse período, Churchill analisa as conseqüências desastrosas sobre a Alemanha do Tratado de Versalhes, celebrado após a Primeira Guerra, e as mudanças no panorama da Europa, com destaque para o surgimento do fenômeno Adolf Hitler. Uma das observações do autor é que a Segunda Guerra, que causou a morte de mais de 55 milhões de pessoas, não foi inevitável, mas desnecessária.

O segundo volume cobre o restante do conflito e conta com um epílogo, escrito 12 anos depois do fim da guerra. Nele, o ex-primeiro-ministro britânico (cargo que ocupou de 1940 a 1945 e de 1951 a 1955) revela sua preocupação com a antiga aliada soviética, que via como ameaça. No entanto, para derrotar Hitler – que para ele era pior que o diabo – valia até mesmo unir-se a Stálin.

Rico em informações sobre os planos que orientaram os principais ataques, o segundo volume traz um dado curioso: segundo Churchill, antes de lançar as bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki, os aviões aliados jogaram milhões de folhetos avisando a diversas cidades japonesas que seriam vítimas de “intenso bombardeio aéreo”. O objetivo, diz ele, seria o de “minimizar a perda de vidas humanas”.

Memórias da Segunda Guerra Mundial, tradução de Vera Ribeiro. Editora Nova Fronteira, 2 volumes, R$ 49 cada