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Museu do Cairo

Museu do Cairo

Camila Carvas Publicado em 01/11/2005, às 00h00 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h36

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Aventuras na História - Arquivo Aventuras
Aventuras na História - Arquivo Aventuras

Um vermelho escuro pinta as paredes do prédio de dois andares e 10 000 m2. Lá dentro, 250 mil peças datadas desde a Pré-história até o período greco-romano. Entre elas, artefatos de tumbas de faraós, monumentos de 50 séculos atrás e a múmia de Ramsés II – além do fabuloso tesouro de Tutancâmon, com 1 700 peças (há mais 1 800 que não estão expostas). O acervo do Museu do Cairo, ou Museu de Antigüidades Egípcias, no Egito, é tão fantástico que beira o surreal.

Cercado por guardas, o museu recebe cerca de 7 mil turistas de todo o mundo por dia. Guias locais falam diversos idiomas e nenhum estrangeiro caminha sozinho. Os funcionários da segurança apalpam toda sacola, revistam toda pessoa e proíbem toda máquina fotográfica. “Fazemos isso para proteger a nossa indústria turística”, afirma o guia egípcio Said Mahamoud.

Construído em 1900 e inaugurado um ano depois, o museu tem no jardim principal um espelho d’água onde crescem as plantas aquáticas papiro e lótus, símbolos do Egito. Do lado de dentro do prédio neoclássico, a recepção é feita por duas estátuas monumentais de Ramsés II e seu filho Meneptah. Os guias logo ensinam que os egípcios costumam dar o primeiro passo sempre com a perna esquerda, que estaria ligada ao coração – todas as estátuas feitas em homenagem a pessoas que estavam vivas têm a perna esquerda na frente.

Uma Babel de gente e cultura

No museu, em meio a 250mil peças, é possível conhecer maisde 5 mil anos de história

1. Estátua de Mentuhotep I

A peça, feita de argila, tem 2,3 metros de altura e representa o rei da 11ª Dinastia (2081-1938 a.C.) sentado na posição de Osíris (braços cruzados sobre o tronco), com um vestido branco e uma coroa vermelha. O corpo, em parte oculto pelos trajes, é negro. A rara estátua do faraó faz parte de um grupo de oito monumentos encontrados num templo-monastério do vale de Deir-el-Bahari.

2. Anão Seneb

Esta obra-prima da sexta Dinastia (2325-2150 a.C.) representa o anão Seneb (que, sem nenhum cargo importante, casou-se com uma princesa). Ele está sentado com sua esposa, que o abraça afetuosamente, e seus dois filhos, que ocupam o lugar deixado livre por suas pernas curtas. Está esculpido em pedra calcária.

3. Chefe do povoado

A estátua de madeira remonta ao Antigo Reinado (2575-2134 a.C.) e representa um nobre, Ka-aper, que viveu em Mênfis em torno de 2500 a.C. Seus olhos são feitos de quartzo e suas pálpebras, de cobre. A estátua é formada por vários pedaços de madeira pintada.

4. Escriba sentado

Os antigos egípcios consideravam a profissão de escriba como uma das mais dignas – provavelmente porque por sua cultura e sabedoria ele vivesse bem próximo do faraó. Essa estátua da quarta Dinastia (2575-2465 a.C.) é feita de pedra calcária pintada e representa um escriba desconhecido.

5. Grupo de granito negro

Esse grupo de granito negro datado da 18ª Dinastia (1550-1307 a.C.) representa o chefe de Tebas, Sen-Nufer, e sua esposa Seth-Nofer. Entre os dois, até a altura de seus joelhos, está a filha do casal, Mutneferet. A obra foi feita durante o reinado do faraó Amenófis II, marcado pela paz e prosperidade.

6. Sarcófago de Tutancâmon

Com 1 170 quilos e feito de ouro maciço, o sarcófago tinha dentro dele outras duas urnas. Além dele, estão expostas no Museu do Cairo todas as outras preciosidades do jovem rei Tutancâmon, morto aos 18 anos, em 1352 a.C. Encontrado no Vale do Reis, no Egito, o tesouro completo é considerado até hoje o maior achado da história da egiptologia.

7. Mini-Quéops

A figura do faraó Quéops, o segundo rei da quarta Dinastia (2575-2465 a.C.), está, de certo modo, ofuscada pela monumental câmara mortuária que construiu, a pirâmide de Quéops, a maior das três principais do Egito. Sua única imagem encontrada até hoje é esta: apesar de bem pequena (10 centímetros), a estátua de marfim tem grande importância.

8. Sala das Múmias

Com cerca de 12 múmias de reis ou grandes autoridades da época, a sala das múmias é fechada, com temperatura controlada e paga separadamente. Cada turista desembolsa mais 70 libras egípcias (cerca de 28,70 reais) para ver, por exemplo, a múmia do faraó Ramsés II, que governou o Egito por 66 anos.

9. Rahotep e Nofret

Talhadas em pedra calcária, em dois blocos distintos, as estátuas representam o príncipe Rahotep, sumo sacerdote de Heliópolis no Antigo Reinado, e Nofret, sua esposa. A cor da pele da princesa, mais clara, mostra que naquele tempo as mulheres não trabalhavam fora de casa e, por isso, não tinham a pele queimada como a dos homens.]

10. Estátua de Quéfren

A estátua, feita de diorito, mede 1,68 m e representa o faraó Quéfren, o quarto rei da quarta Dinastia (2575-2465 a.C.), sentado e protegido pelo deus Hórus, simbolizado por um falcão. Quéfren foi responsável pela construção da segunda pirâmide de Gizé. Esta é provavelmente a mais fina escultura do Antigo Reinado descoberta até hoje.

Saiba mais

www.egyptianmuseum.gov.br