Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História

Museu Nacional de Antropologia do México

Instituição conta ahistória de povos como toltecas,astecas e maias

Elisa Almeida França Publicado em 01/04/2006, às 00h00 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h36

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Aventuras na História - Arquivo Aventuras
Aventuras na História - Arquivo Aventuras

Para conhecer a história mexicana, desde o povoamento da América e as populações pré-colombianas até os povos indígenas atuais, basta uma visita pelas 23 salas do Museu Nacional de Antropologia do México. A instituição tem a maior coleção do mundo de arte pré-hispânica, com 60 mil peças (das quais 15 mil estão expostas), e alguns dos mais antigos vestígios humanos da América.

A viagem a 30 séculos que o museu propõe ao 1,6 milhão de visitantes por ano começa pela sala dedicada ao chamado período pré-clássico, o mais longo da história pré-hispânica. Sua característica principal foi o desenvolvimento intensivo da agricultura e a criação da cerâmica – que foram fundamentais para o florescimento das grandes civilizações mesoamericanas.

Cada uma delas tem seu espaço no Museu Nacional de Antropologia. O destinado aos olmecas, por exemplo, uma das civilizações mais antigas da América, trata da complexa religiosidade da população, associada a rituais como jogo de bola e decapitação. O poderio militar dos toltecas e seu sofisticado sistema de irrigação também encontram espaço na sala ao lado. A sala dos maias, considerada uma das civilizações mais brilhantes da América Central, está entre as mais importantes. Já o espaço dedicado aos astecas mostra, entre outras coisas, cerâmicas usadas em sacrifícios humanos no templo do sol.

Saiba mais

www.mna.inah.gob.mx

Orgulho de ser mexicano

O propósito do museué enaltecer as raízes indígenasda população

1. Fogo nas ventas

Era longa a lista de deuses cultuados pelas civilizações mesoamericanas, como a serpente emplumada, o jaguar ou o espírito da chuva. O culto ao velho deus do fogo, Huehuetéotl, também se estendeu por toda a América Central. Esta imagem, que mostra o deus do fogo com as pernas cruzadas, faz parte da cultura de Teotihuacán (cidade que ficava a 50 quilômetros da atual Cidade do México) e data de seu período clássico – entre 200 e 900.

2. Bate, coração

O sacrifício era uma prática comum entre os pré-colombianos – e supõe-se que os chac mool faziam parte dela. Acredita-se que o personagem semideitado servia como pedra de sacrifício ou destino para as oferendas, fossem alimentos ou corações humanos. Este chac mool, criado por volta do ano 1000, foi a primeira peça maia a integrar o acervo do MNA logo após ser encontrada, no século 19.

3. Astro-rei

A Pedra do Sol, com 3,5 metros de diâmetro, datada entre 1325 e 1521, tem esculpidos elementos relacionados com o culto ao Sol, como o calendário e o fogo. O calendário asteca, que orientava a agricultura, tinha 365 ou 366 dias (o ano bissexto foi instituído no século 15), divididos em 18 meses de 20 dias. Para completar o ano, cinco ou seis dias eram acrescentados no fim dele – os nomentemis, dedicados à diversão.

4. Cabeça dura

A arte olmeca é conhecida por suas cabeças monumentais, datadas entre 1200 e 600 a.C. Acredita-se que elas representem imagens de governantes ou jogadores de bola – que já tinham status diferente. O nariz largo e os lábios grossos são características de peças como esta, que tem 2,7 metros de altura.

5. Linha de produção

Os escultores toltecas geralmente faziam suas obras em moldes, o que possibilitava maior produção e, assim, maior acesso da população a elas. A guacamaya representada pela imagem, que remonta ao período entre 650 e 850 d.C., é uma ave que simboliza o deus Sol, cuja função seria iluminar o mundo e colocar ordem no caos do Universo.

6. Em quadrinhos

Era comum nas construções maias haver dintéis (acabamento da parte superior ou das laterais de portas e janelas) que contavam histórias cotidianas. Nesta peça, com cerca de 1 300 anos, o governante de Yaxchilán Escudo Jaguar recebe como oferenda de sua esposa principal, Ko Xoc, um capacete com cabeça de jaguar – o animal era o deus da fertilidade para os maias.

7. O fortudo

A peça olmeca é considerada uma das mais extraordinárias obras de arte do México pré-Colombo. A escultura, que representa um homem mostrando sua força, é conhecida pelo nome de El Luchador (O lutador) e data de cerca de 600 a 400 a.C. Seus olhos puxados mostram semelhança com as populações asiáticas. A figura é tão famosa que El Luchador Olmeca virou o nome do maior prêmio de montanhismo do México.

8. Mosaico pós-morte

Da mesma cidade de Teotihuacán, capital asteca antes de Tenochtitlán e que chegou a ter 125 mil habitantes por volta do ano 500, provém esta máscara mortuária, que tem cerca de 1 600 anos. Ela é talhada em madeira e decorada com mosaicos de turquesa. Esse tipo de objeto se incluía entre as oferendas dedicadas aos mortos – ela era colocada sobre o rosto do defunto.

9. Esporte sério

Este marcador de um campo de jogo de bola, feito entre os anos 200 e 900, representa um esporte praticado na América Central por mais de 3 mil anos, certas vezes relacionado ao sacrifício humano. Há controvérsias se quem morria eram os perdedores – já que oferecer a própria vida aos deuses pode ter sido considerado como troféu.

10. Saia de cobras

A religião – e sua monumentalidade – estava presente em toda a vida dos astecas. Esta representação de Coatlicue, deusa da “saia de serpentes”, tem 3,5 metros de altura. Em seu pescoço está um colar formado por mãos cortadas e corações – o que indica a realização de oferendas humanas aos deuses. Não se sabe a data certa da estátua – mas estima-se que ela tenha sido esculpida entre 1325 e 1521.