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Pentágono: municiando o inimigo

EUA temem que peças de reposição do F-14 Tomcat estejam beneficiando o Irã

01/03/2007 00h00 Publicado em 01/03/2007, às 00h00 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h36

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Aventuras na História - Arquivo Aventuras
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O Pentágono anunciou no início do ano a suspensão da venda de peças de resposição do caça F-14 Tomcat. O temor é de que as peças caiam nas mãos de países inimigos, principalmente o Irã. Segundo o porta-voz da Agência de Logística da Defesa, Jack Hooper, a suspensão da venda vai ser submetida a uma revisão meticulosa. “Esta era a coisa mais prudente a se fazer”, disse.

Parlamentares americanos já haviam se manifestado anteriormente pela necessidade de uma fiscalização mais eficiente da negociação desse tipo de material bélico. A revisão vai examinar a política do Pentágono com relação às vendas de componentes militares e determinar o que deve ser feito com elas, “considerando-se a atual situação do Irã”, de acordo com Hooper.

Dependente do exterior

Várias unidades do caça supersônico F-14 foram adquiridas pelo governo iraniano na década de 1970, quando o país ainda era um dos aliados de Washington. Mas a situação mudou e, hoje, o Irã depende fortemente do mercado exterior para fazer a manutenção de seus caças.

O deputado Christopher Shays, do um republicano e crítico feroz das falhas de segurança na venda de peças sobressalentes do Pentágono, afirmou que “este é um passo apropriado e necessário em curto prazo para resolver o problema”. Para Shays, o Departamento de Defesa “deve promover uma ampla revisão em toda sua operação de venda de peças avulsas para assegurar que não estejamos armando nossos adversários, vendendo equipamentos que ainda precisamos a baixos preços”.

No início de janeiro, a agência de notícias Associated Press revelou que negociadores a serviço do Irã, da China e de outros países estavam se beneficiando das brechas na segurança de vendas para obter equipamento militar. As vendas incluíam partes dos F-14 e outros componentes de aviões e mísseis. Autoridades americanas indicaram que, em pelo menos um dos casos, os produtos tiveram como destino final o Irã.