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O poder da infantaria grega: homens de ferro

A infantaria pesada grega, com sua muralha de escudos, reinou soberana na Antiguidade

Fabiano Onça Publicado em 01/03/2007, às 00h00 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h36

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Aventuras na História - Arquivo Aventuras
Aventuras na História - Arquivo Aventuras

A muralha de escudos que os persas enfrentaram na batalha das Termópilas sangrou seu vasto exército, mas, para os próprios persas, aquela formação de combate estava longe de ser uma novidade. Desde o século 7o a.C., quando os espartanos, na aurora de sua civilização, lutavam para obter a supremacia contra os vizinhos messênios, já se ouvia falar da falange grega. O poeta Tirteu compôs várias canções que glorificavam o jeito de guerrear dos helênicos – a luta entre fileiras de hoplitas. “Deixe que cada homem firme seus pés/ Mirando o inimigo com os lábios semicerrados/ Cobrindo sua coxa, tornozelo, peito e cotovelo/ Com a larga medida de seu escudo”, dizia um poema.

Trirreme

O que era? - O navio de guerra grego tem origem incerta, a despeito de autores como Tucídides apontarem seu uso desde o século 8o a.C. Tinha em média 35 metros de comprimento por não mais do que 5 metros de largura. Contava com três fileiras de remos de cada lado (daí seu nome). A velocidade média girava em torno de 7 nós (13 km/h). Sua velocidade de arranque podia chegar a 11,5 nós (21 km/h).

Por que foi importante? - Numa península coalhada por cerca de 3 mil ilhas, o uso de trirremes era intenso e decisivo. Foi com trirremes que os gregos obtiveram sua vitória decisiva contra os persas, na batalha de Salamina. A importância dessa embarcação era tanta que os remadores eram sempre homens livres e bem remunerados.

Arco composto

O que era? - Ao contrário do arco tradicional empregado no Ocidente, o arco composto utilizado pelos persas era feito, além da madeira, com diversos materiais, como tendões e chifres de animais.

Por que foi importante? - Era geralmente menor e mais manejável que sua contraparte ocidental. Isso permitia seu uso em carruagens de guerra ou mesmo por cavaleiros, como os que acompanhavam Xerxes.

Escudo

O que era? - A parte principal do escudo dos hoplitas era feita de tábuas de madeira com largura de 20 a 30 cm cada.

Por que foi importante? - “Homens vestem elmos e couraças para suas próprias necessidades, mas carregam escudos para a defesa de todos os homens da linha”, dizia Plutarco.

Lança

O que era? - A lança de um hoplita media entre 2 e 2,7 metros. Era empunhada com apenas uma das mãos, já que a outra tinha de segurar o escudo.

Por que foi importante? - Era a principal arma de um hoplita. A lança possuía duas pontas: a lâmina principal e uma espécie de espeto na base da arma. O espeto era usado para o golpe de misericórdia nos inimigos caídos, conforme eram pisoteados.

Falange grega

O que era? - Para os gregos, a luta entre dois exércitos dava-se principalmente pelo atrito entre as falanges de hoplitas – espécie de infantaria pesada, armada com lanças e largos escudos.

Por que foi importante? - A pesada proteção dos hoplitas transformava a falange num trator. Um hoplita carregava até 27 quilos de equipamentos. Não à toa, eram chamados de “homens banhados no ferro”.

Espada

O que era? - Não ultrapassava 60 cm e servia tanto para cutiladas quanto para golpes de balanço. Posteriormente, os espartanos desenvolveram uma versão ainda menor, com não mais do que 30 cm.

Por que foi importante? - Embora fosse uma arma secundária, era usada pelos hoplitas quando a lança havia sido perdida ou quando os soldados estavam comprimidos no meio de uma luta entre falanges, com quase nenhum espaço de manobra.