Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História

A tumba de Tutancâmon

A tumba de Tutancâmon

Cíntia Acayaba Publicado em 01/01/2006, às 00h00 - Atualizado em 03/11/2017, às 07h47

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Aventuras na História - Arquivo Aventuras
Aventuras na História - Arquivo Aventuras

Tutancâmon, o 11º faraó da 18ª dinastia egípcia, teve um reinado breve: de 1333 a 1323 a.C. E não contabilizou muitos feitos – ergueu dois templos e realizou expedições para a Síria. Morreu jovem, aos 19 anos. Na verdade, ele seria apenas mais um entre os cerca de 330 faraós que o Egito já teve, não fosse o arqueólogo inglês Howard Carter, que, em 26 de novembro de 1922, encontrou sua tumba – a única inviolada das 62 construídas no Vale dos Reis, em Luxor, no Egito.

Desde 1917 Carter escavava o vale, mas só tinha encontrado 13 vasos. Sua grande descoberta estava protegida, escondida pela sepultura de Ramsés VI. Quando Ramsés morreu, o Vale dos Reis já estava lotado e sua múmia teve de ficar alguns metros acima da tumba de Tut – bem à vista de ladrões. Por isso, houve apenas um saque na necrópole do faraó-menino, 15 anos após sua morte, e quase nada foi levado. A múmia estava intacta e havia um tesouro de 5 398 objetos quando Carter apareceu por lá.

Morto-vivo

A catalogação de tudo o que o faraó levaria para aoutra vida durou dez anos

1. Pé ante pé

Em 4 de novembro, Howard Carter e seus 26 homens encontraram um dos 16 degraus que levavam à tumba. Lá embaixo, uma porta rebocada e selada – os selos eram símbolo das necrópoles reais, com um chacal e nove escravos. Carter esperou 22 dias até seu patrocinador, o lorde inglês Carnarvon, chegar ao Egito para entrar na tumba.

2. Porta da esperança

Na manhã de 26 de novembro, a 9 metros da porta externa, Carter achou outra entrada (as grades da foto foram colocadas por ele). Fez um furo no canto superior da porta e colocou lá uma vela acesa, para ver se o ar interno estava contaminado. À tarde, Carter, o lorde Carnarvon, a filha dele, Evelyn, e o arqueólogo Callender entraram na tumba.

3. Paladar refinado

Na antecâmara, o primeiro cômodo, de 8 por 3,6 metros, havia três divãs ornamentados com cabeças de animais e mais de 700 objetos. Baús, vasos, flechas, tronos, tudo estava lá para, como acreditavam os egípcios, auxiliar o faraó no pós-morte. Até o que ele iria beber. Pesquisas recentes descobriram que Tut adorava vinho tinto.

4. Teatro egípcio

Na porta da câmara mortuária, Carnarvon e Carter decidiram desprezar o manual da arqueologia, que prevê a abertura da câmara apenas após a catalogação dos objetos da antecâmara, e entraram lá em 26 de novembro. Três meses depois, Carter encenou a abertura diante de 22 pessoas, entre elas várias autoridades egípcias.

5. Sandálias da humildade

Atrás da porta da câmara, Carter achou o que chamou de “parede de ouro maciço” – um dos quatro sarcófagos, que continham três ataúdes do rei, o maior com 110 quilos de ouro. No rosto da múmia, uma máscara de 11 quilos de ouro maciço e pedras preciosas. Tut calçava sandálias de ouro e tinha 20 dedais do mesmo metal.