Saiba mais sobre a corajosa camponesa que levou a França a vitória durante a Guerra dos Cem Anos
Victória Gearini Publicado em 15/02/2021, às 17h24
Joana D'Arc foi uma camponesa francesa que, durante a Guerra dos Cem Anos, afirmava receber visões e vozes divinas que poderiam salvar seu país do domínio da Inglaterra. A jovem, que lutou bravamente nas forças militares de Carlos VII, foi considerada uma heroína após a vitória da França.
No entanto, em 1430, a combatente foi acusada de heresia e bruxaria pela Igreja Católica, sendo executada na fogueira no dia 30 de maio de 1431. Vinte anos após sua morte, a guerreira foi considerada inocente e perdoada pela instituição religiosa. Tempos depois, em 1909, foi beatificada e, em 1920, canonizada pela igreja.
Pensando em sua importância histórica, o site Aventuras na História selecionou 5 curiosidades sobre Joana D'Arc.
Confira abaixo.
1. O possível motivo por trás das visões
De acordo com um estudo publicado em 2016 na revista Epilepsy & Behavior, realizado pelos neurologistas italianos Guiseppe d’Orsi, da Universidade de Foggia e Paola Tinuper, da Universidade de Bolonha, Joana poderia sofrer de epilepsia parcial idiopática com características auditivas (IPEAF).
Segundo os especialistas, a guerreira sofria de convulsões crônicas que a faziam alucinar. Além disso, para os estudiosos, a religião também teria influenciado a combatente a acreditar que o que via e ouvia eram visões divinas.
2. A imagem da padroeira na Primeira Guerra Mundial
Durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) era comum se deparar com soldados franceses carregando consigo a imagem da santa camponesa. A padroeira da França aparecia nas batalhas pois, para os combatentes, sua imagem traria força, exaltando a luta francesa e consequentemente os levando a vitória.
3. Acusadores excomungados
Duas décadas após a morte da combatente, a Igreja Católica a inocentou por heresia. Os acusadores foram excomungados da instituição religiosa e uma cruz foi erguida no local onde a jovem heroína foi queimada viva. A partir disso, a imagem de Joana D'Arc se popularizou pela França, a elevando ao patamar de padroeira do país.
4. Símbolo na cultura popular
Ao longo dos séculos, a guerreira tornou-se símbolo na cultura popular e de movimentos sociais. Devido a sua coragem e força, atualmente, a jovem é considerada um ícone feminista, por ter rompido com paradgmas sociais da época.
Além disso, a combatente foi representada em inúmeras obras literárias e cinematográficas, sendo interpretada por diversas atrizes renomadas, como Maria Falconetti (1928), Ingrid Bergman (1948), Jean Seberg (1958) e Milla Jovovich (1999).
5. Os milagres
O Vaticano reconheceu dois milagres feitos pela santa guerreira. O primeiro foi feito em uma mulher que estava à beira da morte devido a uma tuberculose e que, ao pedir à padroeira para que lhe curasse, foi agraciada com a recuperação. Já o segundo milagre aconteceu após uma pessoa ter sofrido um grave acidente.
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