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Curiosidades / Segunda Guerra

5 fatos perturbadores sobre o Projeto Lebensborn, a fábrica de crianças nazistas

O terrível programa para multiplicar a raça ariana era uma ambição da SS, que resultou em inúmeras atrocidades

Vanessa Centamori Publicado em 25/08/2020, às 10h40

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Hitler com crianças - Wikimedia Commons
Hitler com crianças - Wikimedia Commons

Na Alemanha e em partes da Europa ocupadas pelos nazistas, a ideologia racista de Hitler resultou em ações terríveis por parte de uma associação da SS, chamada de Lebensborn. Ela é a prova de que o nazismo não promoveu apenas extermínios em massa, como também instaurou atrocidades envolvendo crianças. 

Causando sofrimento na vida dos pequenos e suas famílias, o Lebensborn era uma tentativa de aumentar a taxa de natalidade e a quantidade de indivíduos arianos. Tudo em nome de uma alucinação doentia de querer reproduzir uma "raça pura" e aumentar o exército nazista.

Então, como se fossem cachorros de um criador, a ideia era que se produzisse arianos, com base em um padrão que resultou na separação de pelo menos 10 mil crianças de seus leitos familiares. A estimativa, segundo o governo polonês, é que só 15% dessas vítimas se reencontraram com as famílias biológicas.

Isso fora outras atrocidades que envolveram o programa — como sequestros e muita violência. Para se ter uma ideia melhor, veja abaixo 5 fatos perturbadores sobre o Projeto Lebensborn

Uma das casas do Projeto Lebensborn com uma funcionária cuidando de bebês / Crédito: Wikimedia Commons 

1. Relações forçadas 

Desenvolvido em 1935, por Heinrich Himmler, o projeto ideologicamente forçava as mulheres alemãs a terem filhos. E isso não apenas em território alemão, como também nos países ocupados. 

Para isso, era encorajado que elas tivessem relações sexuais com oficiais da SS. Até mesmo meninas muito jovens, que eram consideradas “racialmente puras”, podiam dar à luz uma criança em segredo, se assim quisessem.

Havia até maternidades exclusivas para as mães do Projeto Lebensborn. Assim, o bebê era entregue à organização da SS, que se encarregava de sua educação e adoção. 

2. Adoção eugenista

Os nenéns fabricados no Lebensborn eram dados somente à famílias consideradas arianas. Por isso, geralmente, os bebês eram criados entre os membros da SS e seus conjuntos familiares.

Além disso, as mães solteiras podiam se candidatar para reproduzirem e entregarem a criança para o processo de adoção. Mas, claro, os recém-nascidos tinham que ter o padrão exigido pelo Terceiro Reich.

Ou seja, deviam ter genética para serem altos, brancos, musculosos, de olhos azuis e cabelos loiros. Pais com essa aparência, portanto, eram altamente desejados para o projeto. 

3. Sequestros

A partir do ano de 1939, os nazistas começaram a também explorar o estoque genético de outras regiões. Não só passaram pela Iugoslávia e pela Polônia, como também se expandiram para a Rússia, Ucrânia, Checoslováquia, Romênia, Estônia e Letônia. 

Crianças sequestradas no Projeto Lebensborn / Crédito: Wikimedia Commons 

Nesses países ocorriam frequentemente sequestros de crianças consideradas "puras". A justificativa para os raptos era que tirá-las de suas famílias seria quase como um favor. "É nosso dever tirar as crianças de seu ambiente e levá-las conosco. Ou ganhamos um sangue bom para usar para nós mesmos e damos um lugar para ele em nosso povo, ou o destruímos", diziam documentos da Lebensborn.

Outro dado é que a "germanização" era forçada independentemente se a criança era de uma família conhecida ou não. Alguns dos meninos e meninas sequestrados, inclusive, eram órfãos ou estavam em situação de vulnerabilidade.

Esse foi o caso de Zyta Suś, conforme informou uma reportagem do G1. A publicação conta que Suś tinha apenas oito anos de idade quando foi sequestrada pelos nazistas do orfanato em Lodz, na Polônia.

Na época, a polonesa foi proibida de falar a sua língua materna e passou a morar em um abrigo. Tanto no internato quanto na escola, qualquer transgressão era punida de modo severo, sendo a criança obrigada a passar fome ou ser presa no porão.

4. Seleção racista

O processo de seleção que envolvia os pequenos também não era nada fácil. Após o sequestro, muitas das crianças eram levadas até a Alemanha, onde eram dividas em grupos. 

Enquanto sofriam por estarem com os soldados da SS em um país distante, havia ainda a possibilidade de descarte. Isto é, algumas das crianças raptadas podiam simplesmente serem mais tarde classificadas como indesejáveis. Somente as que passassem na avaliação poderiam circular na população e serem educadas pelo Estado alemão. Aquelas que recusavam ou resistiam aos nazistas eram espancadas, ou até mortas. 

5. Execuções

As crianças que não passavam pela seleção eram executadas de modos atrozes. Seja por injeções letais, ou em câmaras de gás. Muitas delas eram até encaminhadas diretamente para campos de extermínio.

Como resultado, pais ficaram sem filhos. E os bebês mortos ou sequestrados perderam seus registros. Ainda mais porque grande parte dos documentos que poderiam comprovar as crueldades do Lebensborn foram queimados, conforme os nazistas estavam prestes a perder a guerra.


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