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Curiosidades / Comunismo

Casas abandonadas e Pilhas de corpos: 5 fatos trágicos sobre o genocídio cambojano

A tentativa de criar uma sociedade comunista perfeita usando força contra os cidadãos resultou em ocasiões perturbadoras na década de 1960

Caio Tortamano Publicado em 31/12/2020, às 10h00

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Armário empilha crânios vitimados pelo Khmer Vermelho - Divulgação / Dois pelo Mundo / Julia Furquim
Armário empilha crânios vitimados pelo Khmer Vermelho - Divulgação / Dois pelo Mundo / Julia Furquim

Através dos métodos mais sangrentos, a utopia liderada por Pol Pot em uma tentativa de revolução no Camboja resultou em uma das situações políticas mais trágicas da História.

Rodeado de episódios macabros, o site Aventuras na História separou algum dos episódios mais perturbadores da frustrada tentativa.

Confira cinco fatos trágicos sobre o genocídio cambojano do Khmer Vermelho.

1. Preceitos comunistas

A ideia inicial era simples, criar uma utopia agrária baseada em preceitos comunistas. A execução, no entanto, foi bem mais sangrenta do que se pode imaginar. O Khmer Vermelho — como era conhecido o Partido Comunista do Camboja — promoveu a morte estipulada entre 1 milhão e 400 mil e dois milhões de pessoas durante o governo autoritário.


2. Abandono de casas

Essas mortes se deram, principalmente, com a coletivização forçada e o literal esvaziamento das cidades. A população foi obrigada a se alocar em fazendas comunitárias contra a própria vontade, trabalhando forçadamente até 16 horas por dia, e recebendo o mínimo para sobreviver. Aqueles que não se adequavam a esse estilo de vida eram fuzilados.

A propriedade privada tinha sido completamente tomada pelo Estado, portanto hospitais e fábricas não estavam mais abertos, além de não haver mais carros ou máquinas mais sofisticadas.Pol Pot, figura máxima do Khmer Vermelho, promoveu a abolição do dinheiro e o corte de linhas telefônicas, não havia mais religião.

O tirano Pol Pot / Crédito: Wikimedia Commons

3. Exploração

Depois de terem sido evacuados de suas casas e cidades com a promessa que voltariam em três dias e que não deveriam levar muitas coisas — “Vocês não precisarão de nada no novo Camboja”, diziam os militares. As pessoas que sobreviveram até chegar nas fazendas comunitárias começaram trabalhando por 12 horas seguidas.

Todas essas horas de trabalho eram realizadas por pessoas de vivência urbana, que tinham pouca ou nenhuma experiência em plantações e colheitas. Ou seja, a produção e qualidade eram baixíssimas, e quem desviasse para si uma fruta ou sementes era executado.


4. Morte certa

As regras eram rígidas. Em um possível episódio contrário ao que era estabelecido, o infrator era levado até as matas fechadas asiáticas e assassinado brutalmente, e colocado em uma vala comum, acompanhado de centenas de cadáveres.

Se você não fosse um Khmer (maioria étnica do Camboja), sua chance de morrer era muito maior, uma vez que era perseguido pelo regime que buscava uma espécie de purificação racial no país.

Além de vietnamitas, chineses, tailandeses e muçulmanos, os intelectuais eram extremamente perigosos para o Estado, especialmente os com ligação com governos anteriores, já que essas pessoas teriam maior capacidade de incitar revoluções.


5. Presídios improvisados

Para suportar esse número todo de contraventores (que não podiam ser todos mortos), foram criadas mais de 150 prisões. A mais notória delas foi a S-21, uma antiga escola reformada e cercada com arame farpado para que ninguém conseguisse fugir. Lá dentro, as pessoas só se livraram das mais diferentes torturas caso denunciassem familiares que poderiam se encaixar no perfil revolucionário.

As celas apertadas da prisão em Toul Slong / Crédito: Wikimedia Commons

O terror iria diminuir em 1979, quando o Vietnã se rebelasse contra o governo do Camboja e invadisse o país vizinho, tomando o governo de Pol Pot. Formava-se, então, a República Popular de Kampuchea, que mais tarde seria substituída por uma monarquia constitucional não comunista, isso em meados de 1993.


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