Nascido na aristocracia, o nobre estava destinado ao trono, mas não contava com tantos escândalos e obstáculos no caminho
Pamela Malva Publicado em 28/11/2020, às 08h00
Durante séculos de sua história, a França contou com grandes monarcas, muitos, inclusive, ficaram marcados no imaginário do país. Com uma árvore genealógica bastante complexa, cheia de ramificações, a Família Real era cheia de personalidades.
Neto do teimoso LuísX da França, o jovem Carlos II não era muito diferente de seus outros parentes. Com um apelido próprio, ele chegou a reinar em Navarra, mas teve um fim trágico que gera discussões até hoje.
Confira 5 fatos sobre o Rei Carlos II de Navarra:
1. Berço de ouro
Como é de se imaginar, o menino veio ao mundo em um castelo cercado de regalias. Herdeiro direto da monarquia, ele era filho de Filipe IIIde Navarra e JoanII de Navarra. Nascido em 10 de outubro de 1332, no entanto, ele nunca se contestou com os benefícios que seu nome oferecia. Sedento pelo trono, ele sempre quis mais.
2. Jovem coroa
Ainda que não fizesse parte da linha de sucessão direta da coroa francesa, Carlos II passou grande parte de sua infância no país. Aos 17 anos, então, ele foi nomeado como o Rei de Navarra — região que hoje é uma comunidade autônoma da Espanha. Na época, o garoto mal sabia o idioma do lugar e, mesmo assim, assumiu o trono.
3. Um governo polêmico
No total, CarlosII governou Navarra por 12 anos. Nesse período, o Rei se envolveu em dezenas de polêmicas. Além da péssima relação que tinha com o sogro, João II da França, o monarca ainda se envolveu no assassinato de Charles de la Cerda. Estes e mais alguns episódios, inclusive, garantiram ao monarca o apelido de Carlos,o Mau.
4. Odiado pela nação
Com o passar dos anos no trono, Carlos II conquistou mais inimigos do que admiradores. Assim, com uma longa carreira de traições, massacres e fracassos, ele foi um dos monarcas mais detestados de Navarra. Tamanha era a desaprovação que, quando morreu, o povo imaginou que ele estava recebendo apenas o merecido pela tirania.
5. Uma morte ingrata
No final do ano 1386, Carlos II adoeceu. Sua saúde ficou bastante debilitada e um médico foi chamado. Como forma de tratamento, então, o profissional exigiu que o Rei fosse envolto com panos embebidos em conhaque — solução que prometia manter a temperatura de seu corpo no nível ideal.
O problema foi que, na hora de realizar o tratamento, uma serva de Carlos II acabou ateando fogo nos panos que cobriam o monarca. Assustada, ela abandonou o homem em seus aposentos e nunca mais foi vista. Carlos II, por sua vez, morreu queimado no castelo, no primeiro dia de janeiro de 1387.
Até hoje, muitas teorias acerca da morte do monarca afirmam que o rei teria sido, na verdade, assassinado pela serva que já não aguentava mais desaforos. Ainda assim, a teoria mais aceita, é que Carlos II tenha morrido por acidente. Para o povo, de qualquer forma, o episódio se resumiu em um merecido castigo divino.
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