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Curiosidades / Brasil

5 polêmicas que abalaram o Brasil Império

Foram longos 67 anos, de muita reviravolta política - o trono já ficou até nas mãos de um adolescente de 14 anos

Vanessa Centamori Publicado em 02/05/2020, às 13h00

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( Da esqueda pra direita) D. João VI, Dom Pedro I e Dom Pedro II - Divulgação
( Da esqueda pra direita) D. João VI, Dom Pedro I e Dom Pedro II - Divulgação

O Brasil Império durou 67 anos, de 1822 a 1889. Como uma agulha em um palheiro, no século 19, fomos a única monarquia entre várias pequenas repúblicas. Com tal contraste brasileiro, muitas polêmicas tipicamente nacionais se instauraram nessa época, que terminou com a Proclamação da República. Confira alguns dos escândalos:

1. Corrupção 

Para o historiador Laurentino Gomes, a corrupção é uma herança que vem desde a chegada das primeiras caravelas. No Brasil Império, esse processo continuou: "nos oito primeiros anos em terras brasileiras, D. João VI distribuiu mais títulos de nobreza do que em 700 anos de monarquia portuguesa", comentou ele, em entrevista ao O Globo. 

No período imperial, os monarcas e seus subjugados extraíam proveitos ilícitos, que envolviam, desde obras e serviços públicos, ao tráfico de escravos, e até mesmo a relação com a imprensa, que engatinhava naquela época. 

Dom Pedro I / Crédito; Wikimedia Commons 

Aliás, o jornalista Borges da Fonseca, que depois foi um dos líderes da revolução praieira, chamava D. Pedro I de “Caríssimo”. O apelido não significava “Prezado”, mas era, na verdade, um modo irônico de chamar aquele que consumia enormes verbas dos cofres públicos, por meio da Casa Imperial.

2. A influente Marquesa de Santos

Domitila de Castro, que ganhou o título de Marquesa de Santos, teve uma relação amorosa conturbada com Dom Pedro I. Além disso, junto ao monarca, ela promovia grande tráfico de influência. Quem quisesse um favor especial do imperador, para dificultar a vida política ou econômica de um rival, tinha que tratar diretamente com ela. Tal informação foi descrita por vários embaixadores, especialmente no ano de 1825.

Marquesa de Santos / Crédito; Wikimedia Commons 

Além de se unirem na corrupção, Domitila de Castro e o imperador trocavam cartas picantes. Quando a Imperatriz Leopoldina, a primeira esposa do rei, faleceu, em 11 de dezembro de 1826, parte da população acusou Domitila de envenenamento. 

3. A possível ligação de Dom Pedro I na morte de Líbero Badaró

O jornalista Líbero Badaró defendia a liberdade de imprensa contra as censuras da monarquia. Por essa causa principal ele teria sido morto na noite de 20 de novembro de 1830. Então, não por acaso, muitos historiadores acreditam que o monarca encomendou o assassinato. 

Ilustração do jornalista Líbero Badaró / Crédito: Wikimedia Commons 

Antes de morrer, Badaró tinha questionado a autoridade política do ouvidor Cândido Ladislau Japiaçu, por meio do seu jornal, O Observador Constitucional. Para a desvantagem de Dom Pedro I, a morte do jornalista assassinado virou símbolo da liberdade de imprensa. O fato complicou ainda mais a situação política do rei, criticado por sua postura autoritária.

4. Abdicação

No ano seguinte à morte de Líbero Badaró, no dia 7 de abril de 1831, Dom Pedro I abdicou do trono e mudou-se para Portugal. Enquanto isso, em terras brasileiras, havia uma enorme crise política e financeira: não apenas a moeda nacional estava desvalorizada e o Banco do Brasil estava paralisado, como militares se revoltavam devido às repercussões impopulares da Guerra da Cisplatina.

Cena da abdicação do trono / Crédito: Wikimedia Commons 

O monarca foi como um capitão abandonando seu navio. E pra completar, entregou a coroa nas mãos de uma criança: seu filho, Dom Pedro II, de apenas cinco anos de idade. Começou um Período Regencial, marcado por revoltas violentas no país inteiro. 

5. O golpe da maioridade

Dom Pedro II, na adolescência / Crédito: Wikimedia Commons 

Após a regência, o garoto começou a governar precocemente, aos 14 anos. Isso só foi possível por meio de um golpe, arquitetado por políticos liberais, em 1839. A Declaração da Maioridade foi aprovada pelo governo conservador, já fragilizado, em 23 de julho do ano seguinte. 

O desejo dos liberais, que faziam parte da oposição, era apoiar o início do reinado de D. Pedro II, aproveitando da inexperiência do adolescente para conquistarem funções políticas de alto escalão. 


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