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Curiosidades / Bizarro

Livro 'Admirável Mundo Novo' previu a era da felicidade obrigatória

Criada em 1932, a obra-prima de Aldous Huxley foi uma das primeiras “distopias” da ficção científica

Redação Publicado em 29/08/2021, às 09h00

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Imagem meramente ilustrativa - Divulgação/ Pixabay/ Free-Photos
Imagem meramente ilustrativa - Divulgação/ Pixabay/ Free-Photos

Clássicos fundadores da ficção científica, os autores H. G. Wells e Júlio Verne tinham uma visão altamente otimista do que a tecnologia podia trazer para a humanidade no futuro. Os pulps, ficção barata popular na época, também não se cansavam de imaginar o resplandecente futuro a que o progresso infalivelmente nos traria. Enfim, um 'Admirável Mundo Novo' — livro cujo título entrega que o livro é uma sátira a esse otimismo.

Estava me divertindo puxando a perna de H. G. Wells”, escreveu o autor da obra, Aldous Huxley. “Mas acabei levado pela excitação das minhas ideias.”

Hoje ainda não se nasce de incubadoras artificiais, nem ninguém é alterado na gestação para ficar mais burro e servir como classe inferior, nem os religiosos vivem como índios, como foi previsto por Huxley. O livro, entretanto, se passa em 2540, então não dá pra afirmar que as previsões não possam se tornar verdade.

Mas há um ponto em que as profecias de 'Admirável Mundo Novo' já parecem ter se cumprido: o soma, a droga da felicidade. 'Soma' era uma infusão sagrada dos antigos vedas indianos. No livro é descrita como pílulas que têm “todas as vantagens do cristianismo e do álcool; nenhum dos seus defeitos”.

No século 26, tomar soma é obrigação social, resposta a todas as dúvidas e extirpação final da tristeza. E, principalmente, uma forma de controle: ao afogar as queixas em um copinho de água, ninguém contesta a sociedade injusta e desumana em que vivem.

Nossa sociedade pode não ser completamente distópica, mas os excessos dos tratamentos psiquiátricos tornam o livro atual. Desde sua invenção, o consumo de antidepressivos se multiplicou — na Islândia, mais de 10% da população faz uso. A depressão é uma das causas de faltas ao trabalho. E isso leva a abusos.

Psiquiatras, como o britânico Tim Cantopher, afirmam que muita gente está sendo medicada por simples tristeza, não depressão. Estão, enfim, tomando soma. (Importante: não se defende aqui que depressão não deva ser tratada.)


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