Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Curiosidades / Personalidade

Boatos cruéis e amantes jovens: a vida sexual de Catarina, a Grande

Diplomática e conquistadora, a imperatriz da Rússia era amplamente conhecida por suas peripécias amorosas

Pamela Malva Publicado em 14/06/2020, às 08h00

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Catarina, a Grande, imperatriz da Rússia - Wikimedia Commons
Catarina, a Grande, imperatriz da Rússia - Wikimedia Commons

Sempre que opositores tentam derrubar governantes mulheres, rumores sobre suas vidas sexuais são disseminados pelo país. Maria Antonieta, Cleópatra e Elizabeth I foram alguns dos alvos dos comentários inverídicos e das fofocas.

Conhecida como a mais antiga imperatriz da Rússia, Catarina, a Grande, não ficou por fora das estatísticas. No trono, ela transformou o país em uma verdadeira potência, conquistando territórios e promovendo um desenvolvimento artístico e científico.

Muito mais que seus grandes feitos, a vida privada da imperatriz sempre foi um dos assuntos preferidos daqueles que espalhavam boatos pela corte. Assim, ela foi acusada de bestialidade, ninfomania e voyeurismo.

Apenas uma pequena parte dos rumores, entretanto, era verdade. Catarina teve, de fato, uma grande quantidade de amantes homens durante toda sua vida, mas não existem evidências reais sobre suas supostas e bizarras tendência sexuais.

Catarina, a Grande imperariz de todas as Rússias / Crédito: Wikimedia Commons

A única coisa realmente pecaminosa que Catarina fez em todo seu tempo como governante foi cometer o adultério — e muitas vezes. Tudo começou em 1745, quando, aos 16 anos, a nobre se casou com Peter de Holstein-Gottorp, seu primo.

O casamento arranjado nunca deixou a princesa satisfeita — Peter era neurótico, teimoso e consideravelmente alcoólatra. Ela, então, fez o que muitas pessoas infelizes com o relacionamento fazem: cultivou amantes.

Segundo historiadores, é possível que nenhum dos três filhos que Catarina teve fossem de Peter — o czar russo provavelmente era impotente ou infértil. No total, a imperatriz teve entre 12 e 22 amantes, quase todos mais jovens que ela.

Catarina, uma romântica incurável, escrevia em seus diários: "O problema é que meu coração detesta ficar uma hora sem amor". Mas não se engane, ela era bastante seletiva: muitos dos pretendentes eram generais, almirantes ou nobres ricos.

Catarina, a Grande, e seu esposo, Peter / Crédito: Wikimedia Commons

De qualquer forma, um relacionamento com a imperatriz era bastante benéfico para os amantes. Aos seus queridos, Catarina concedia presentes como terras, títulos, palácios e até escravos. Um deles, Stanislaw Poniatowski, até se tornou o rei da Polônia.

Durante todo o tempo, a imperatriz nunca fez questão em manter seus relacionamentos em segredo. Muito por isso, eles foram alvo de grande parte das fofocas da corte na época, principalmente quando seus inimigos homens tentavam difamá-la. Até mesmo seu filho, Paul, tentou conquistar o trono espalhando rumores cruéis sobre Catarina.

Mesmo com todos os boatos e os vários amores que a imperatriz teve, ela não deixou de viver uma grande paixão. Segundo historiadores e biógrafos da imperatriz, Catarina era profundamente apaixonada por Grigory Potemkin.

Nobre desde o nascimento, Grigory logo se tornou o homem mais poderoso da Rússia graças ao seu namoro com a governante. Ele era intelectual e altamente ambicioso. Juntos, o casal planejou a colonização do sul da Rússia, anexou a Crimeia e fundou a frota russa do Mar Negro — uma das forças navais mais poderosas da Europa.

Grigory Potemkin, o verdadeiro amor de Catarina / Crédito: Domínio Público

Segundo uma das muitas biografias de Catarina, ela sempre dizia que seu amado tinha "equipamentos sexuais elefantinos". E tamanho era seu amor por Potemkin, que a imperatriz teria criado um objeto de porcelana com o formato do pênis de seu amado.

Para aqueles que acreditam na teoria, a mulher supostamente usava seu brinquedo sexual sempre que Grigory  estivesse distante. A peça, todavia, nunca foi encontrada, o que acaba por contestar o boato.

A vida leve e apaixonada que Catarina levava, entretanto, acabou quando Potemkin morreu de febre, aos 52 anos. A imperatriz nunca superou a perda, passou por uma fase difícil e perturbada e nunca mais enxergou seus amantes do mesmo jeito.

Em 1796, Catarina sofreu um derrame e morreu pacificamente em sua cama, aos 67 anos. No entanto, nem mesmo sua morte foi poupada dos boatos cruéis. Por muito tempo, a corte acreditou que a imperatriz teria morrido esmagada enquanto praticava atos sexuais com um cavalo.


+Saiba mais sobre o tema através das obras disponibilizadas pela Amazon

Catarina, a grande, de Robert K. Massie (2012) - https://amzn.to/2QziAQz

Catarina, a Grande, & Potemkin, de Simon Sebag Montefiore (2018) - https://amzn.to/2WvmlKI

Catarina a Grande, de Edições LeBooks (EBook) (2019) - https://amzn.to/397SVFc

Uma história cultural da Rússia, de Orlando Figes (2017) - https://amzn.to/3ab8ayk

Vale lembrar que os preços e a quantidade disponível dos produtos condizem com os da data da publicação deste post. Além disso, a Aventuras na História pode ganhar uma parcela das vendas ou outro tipo de compensação pelos links nesta página.

Aproveite Frete GRÁTIS, rápido e ilimitado com Amazon Prime: https://amzn.to/2w5nJJp

Amazon Music Unlimited – Experimente 30 dias grátis: https://amzn.to/3b6Kk7du