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Curiosidades / Bizarro

Arte catastrófica: a restauração de Jesus Cristo que não deu certo

Em 2012, na Espanha, uma idosa de 81 anos tentou reparar uma pintura de Elías García Martínez; o resultado foi desastroso e viralizou na internet

Alana Sousa Publicado em 28/02/2021, às 12h00

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Pintura Ecce Homo de Elías García Martínez, ao lado da restauração mal sucedida - Creative Commons
Pintura Ecce Homo de Elías García Martínez, ao lado da restauração mal sucedida - Creative Commons

Ainda que tenham grande valor financeiro, histórico e social, é impossível evitar a degradação das obras de arte. Uma das formas mais expressivas da humanidade marcar a sua época é pintando. Assim, os quadros eternizam sentimentos incompreendidos e figuras relevantes, embora percam sua essência com o tempo, como cor e detalhes únicos.

Uma das maneiras que os especialistas encontraram para conseguir prolongar o tempo dessas telas é a restauração. Um trabalho minucioso consiste em reparar certas fragilidades de pinturas antigas, principalmente criadas durante o Renascimento.

Enquanto algumas obras são ‘consertadas’ e continuam em exposição para o público sem que ninguém perceba a diferença, em 2012, um caso em particular chamou a atenção do mundo. O motivo: uma restauração catastrófica.

O desastre da pintura Ecce Homo

Na época, Cecilia Giménez tinha 81 anos, trabalhava no Santuario de la Misericordia, em Borja, na província de Saragoça, Espanha. A igreja contava com um afresco de Elías García Martínez, renomado pintor espanhol do final do século 19.

A pintura ainda intacta e, no final, a restauração / Crédito: Divulgação

Sua obra, intitulada Ecce Homo, que representava Jesus Cristo, feita no início do século 20, começou a apresentar sinais de deterioração. Ainda que Martínez tivesse sido um artista e professor respeitado durante sua vida, a pintura não era muito conhecida fora da Espanha.

A idosa, então, encontrou uma solução que para ela parecia ideal. Decidiu pegar um pincel e pintar as partes apagadas do quadro original. Ao terminar seu plano, era evidente: o desastre estava feito.

Ecce Homo não era mais reconhecível, no lugar tinha uma pintura, no mínimo bizarra. Rapidamente, a restauração começou a circular na internet, entre memes, piadas e, até mesmo, ataques contra Cecilia, a tela tinha ganhado a atenção da mídia internacional.

“Está trazendo de volta algumas boas e outras ruins”, disse Giménez em entrevista ao jornal Heraldo de Aragón, a fala foi repercutida pelo The Guardian, em 2016. “No início foi difícil porque passei muito mal, mas tudo o que aconteceu foi muito bom para mim e para o santuário”.

Apesar da catástrofe, a igreja estava recebendo uma quantidade expressiva de visitantes, que buscavam, a todo custo, ver aquela pintura única. Especialistas foram contatados, mas não havia o que fazer, o trabalho de Elías García Martínez estava destruído.

Um final inesperado

Obra original de Elías García Martínez / Crédito: Divulgação

Por quase quatro anos, todos acreditavam que a tela de Cristo ficaria daquela forma, outra restauração era impossível, além do mais, o Santuário ao menos lucrava com o turismo. Foi quando, um homem vindo de outra região de Saragoça afirmou ter encontrado um afresco que teria servido de modelo para a pintura final de Elías.

A informação foi repercutida na época pelo The Guardian, que também conversou com o antiquário espanhol, Ricardo Ostalé. “Para mim, foi muito importante encontrar uma obra que pensávamos ter sido destruída porque o afresco não pode ser restaurado. É uma grande emoção para um amante da arte”, revelou.

Sobre a autenticidade do modelo, Ostalé contou que as semelhanças são inegáveis: “É exatamente igual porque era o original e é quase certo que este é o quadro que ele copiou na parede do santuário. É exatamente do mesmo tamanho”. O pintor teria utilizado o rascunho para finalizar a obra que estava guardada na igreja.

Mesmo com a aparição repentina do afresco original, o público continuou a se interessar ainda mais pela proeza de Cecilia. As duas pinturas foram encaminhadas para uma exposição, com o objetivo de mostrar o antes e depois da tragédia artística.


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