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Curiosidades / Idade Média

Como eram os funerais vikings?

Após um ritual bizarro, os guerreiros estariam preparados para a vida após a morte

Daniela Bazi Publicado em 25/11/2019, às 11h01

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Os vikings habitaram a Escandinávia durante o período de 793 d.C. a 1066 d.C - Getty Images
Os vikings habitaram a Escandinávia durante o período de 793 d.C. a 1066 d.C - Getty Images

A vida dos vikings era voltada principalmente para os mares, e após a morte dos guerreiros, não era muito diferente. Quando um combatente falecia fora das batalhas, o corpo era cremado em seu barco favorito, repleto de honrarias e dignificações. Até hoje, o maior relato histórico conhecido dessas práticas se encontra nos escritos de Ahmad Ibn Fadlan, embaixador abássida que viajou pela Bulgária, conhecendo os escandinavos viajantes.

Durante os rituais, a figura do escravo era de suma relevância. A morte do(s) servo(s) fazia parte da ligação entre o mundo dos vivos e a condição post-mortem, no mundo divino. Ou eles eram queimados junto à embarcação ou acabavam sendo enterrados vivos para servirem ao morto, dependendo de cada tipo de funeral.

A tradição mortuária dos grupos escandinavos tinha como elemento principal o navio de guerra. A passagem segura entre a vida e a morte era associada ao veículo, presente na maior parte da vida desses guerreiros, e essenciais para as honrarias funerárias serem completas. Em geral, os navios possuiam tamanhos proporcionais à riqueza do falecido, sem um padrão estabelecido.   

Flamborough Fire Festival é uma parada com temática viking que acontece no ano novo, em Yorkshire. / Créditos: Getty Images 

O ritual durava sete dias, e era caracterizado por festas, bebidas, e a descrição das principais conquistas do morto através de outros guerreiros. Só após todo o processo, o corpo era arrumado com uma roupa feita para a ocasião e colocado no barco junto de suas armas. O guerreiro deveria estar equipado com o necessário para a nova vida, como armaduras, armas e objetos valioso.

Na visão religiosa escandinava, havia uma relevante distinção entre a morte comum e a morte em batalha, pois a útlima era considerada como uma passagem dos maiores guerreiros ao grande Salão de Valhalla de Odin ou a Folkvangr, dependendo da ação e decisão dos deuses.

A chegada dos vikins a América do Norte, no século 11. / Créditos: Getty Images

Um elemento comum no imaginário popular sobre os vikings é a imagem do barco funarário sendo queimado enquanto é lançado ao mar. No entanto, não há provas arqueológicas que esses eventos realmente ocorressem na água: em geral, as embarcações eram queimadas em terra ou simplesmente enterradas. Afinal, o que era simbólico para as honrarias vikings não era a navegação, mas o próprio navio.

Os outros guerreiros também eram responsáveis por posicionar o barco de acordo com os compromissos do funeral e realizarem os procedimentos para a queima. Todo o processo durava de 40 minutos a uma hora.


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