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Curiosidades / Múmias

Da múmia impressionante à morte intrigante: 5 fatos sobre o poderoso faraó Ramsés III

A investigação sobre o fim do último grande rei do Egito Antigo foi concluída somente três mil anos depois de seu óbito

Isabela Barreiros Publicado em 15/06/2020, às 15h36

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A múmia de Ramsés III - Wikimedia Commons
A múmia de Ramsés III - Wikimedia Commons

1.Tempo de governo

Ramsés III governou durante um impressionantemente longo: 31 anos. Entre 1194 e 1163 a.C., reinou no Egito Antigo o faraó da 20º Dinastia, conhecido como o último grande faraó. Ele conseguiu permanecer no poder ao longo das três décadas mesmo em meio a inúmeras adversidades econômicas e conflitos internos.

Nascido na cidade de Tebas, no Egito, o filho do faraó Setenaquete e da rainha Tiy-merense foi preparado para liderar um dos maiores governos faraônicos da história — o que conseguiu atingir com seu período no poder. Durante seu governo, foi responsável pela tirania exercida sobre os hebreus e também pela emigração da civilização.


2.Morte inconclusiva

A múmia do faraó / Crédito: Reprodução

Existem inúmeros documentos antigos do tribunal de papiros que indicam que membros do harém do rei já planejavam um ataque contra o faraó. Ainda assim, ele morreu com 62 anos, idade bastante avançada para a época. E, durante séculos, sua morte foi considerada inconclusiva.

Quando a intrigante múmia de Ramsés III foi descoberta, no século 19, ainda não existiam recursos tecnológicos na época para analisar profundamente a causa da morte do faraó, assim, ela foi mantida conservada, de maneira que pudesse ser estudado assim que possível. Foi apenas no século 21, recentemente, que o corpo voltou a ser estudado, desta vez com a tecnologia necessária.


3.Primeira hipótese

Uma pesquisa realizada pela equipe do egiptólogo Zahi Hawass indicou que o faraó morreu logo após a garganta ser cortada. A análise minuciosa feita manualmente possibilitou que os pesquisadores observassem cortes em pontos de sua garganta. "O ferimento grande e profundo no pescoço deve ter sido causado por uma faca afiada ou outra lâmina”, afirmou a equipe.

Inicialmente, o estudo não indicou se os ferimentos foram causados pelo próprio faraó, em um suicídio, ou se tinha sido ação de terceiros. Assim, o cadáver foi conduzido a estudos mais aprofundados para que os arqueólogos conseguissem chegar a essa conclusão final.


4.A causa da morte

As estrelas na figura representam os cortes identificados no pescoço do faraó / Créditos: Divulgação / BMJ

Em 2012, foi realizada uma tomografia computadorizada que finalmente colocou fim à dúvida: Ramsés III foi assassinado. O profundo ferimento no pescoço havia sido causado por uma facada ou golpe com alguma lâmina contra o faraó. Outra lesão foi encontrada em seu esôfago e um outro corte, no dedo de seu pé, foi provocado por outro tipo de lâmina, diferente da usada nos golpes em seu pescoço. A hipótese é que ele ainda recebeu uma machadada para impedir sua fuga.

Os pesquisadores acreditam que, antes de embalsamado, o corpo foi limpo e, possivelmente, foi feita até mesmo uma tentativa de restaurar a ferida para não levantar suspeitas de um assassinato. O pescoço foi coberto por um grosso colar de linho e um amuleto com o olho de Hórus foi colocado no local, uma espécie de objeto de restauração e cura.


5.Suspeitos

A possível múmia de Pentaur / Crédito: Divulgação/Ministério das Antiguidades do Egito

Depois que concluíram que Ramsés III foi assassinado, os arqueólogos queriam saber quem cometeu o crime. A Conspiração do Harém, um golpe idealizado por uma das esposas do faraó, Tiye, para colocar o filho Pentaur no trono, é identificada em um dos papiros antigos, que revela que a revolta foi sem sucesso, visto que o filho não conseguiu assumir o trono almejado.

No entanto, o sucessor, Ramsés IV, puniu os envolvidos no golpe, mas sem relacioná-los diretamente ao falecimento do pai. De acordo com Zahi Hawass, “os papiros que relatavam a conspiração, chamada Conspiração do Harém, se assinalava que Pentaur havia sido condenado à forca e foi surpreendido quando ia executar o complô". Os maiores suspeitos, portanto, permanecem sendo o filho e a esposa de Ramsés III.


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