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Curiosidades / Múmias

Das doenças à riqueza: 5 curiosidades sobre Lady Xin Zhui, a múmia mais bem conservada do mundo

Na pele da aristocrata, foi identificado um líquido ácido que pode ter ajudado em sua perfeita preservação, mas ainda não é possível dizer exatamente o que ele é

Isabela Barreiros Publicado em 28/10/2020, às 16h38

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A múmia de Xin Zhui - Divulgação
A múmia de Xin Zhui - Divulgação

Em 1971, uma das múmias mais bem preservadas já descobertas no mundo foi encontrada no sítio arqueológico de Mawangdui, na China. O achado surpreendeu a todos: embora seja comum observar esse tipo de corpo no Egito, não foi lá que a descoberta foi feita.

Isso já era o suficiente para chocar os pesquisadores, mas o estado de conservação da múmia foi a maior surpresa possível. Espantosamente, a pele e o sangue da mulher se mantiveram intactos mesmo milênios após a sua morte.  

Pensando nisso, a Aventuras na História separou 5 curiosidades sobre a impressionante múmia de Lady Xin Zhui. Confira!

1. Encontrada perfeitamente conservada

A múmia / Crédito: Wikimedia Commons

Há quase 50 anos, uma múmia foi encontrada na China, dentro de uma tumba grande e complexa. Não demorou muito tempo para que ela fosse identificada: os pesquisadores prontamente afirmaram que aquele era o corpo de Xin Zhui

A mulher, apelidada de Lady Dai por ter sido esposa do Marquês de Dai, o chanceler de Chagsha Li Cang, estava perfeitamente conservada dentro de seu túmulo. Segundo os cientistas, ela os instigou por demonstrar estar no nível de uma criatura viva, com sangue, órgãos e pele intactos.


2. Primeiros estudos científicos

Quando a múmia foi descoberta, exames médicos logo foram realizados no corpo para tentar entender suas principais características. A preservação era tanta que foi possível realizar inúmeras pesquisas invasivas no achado sem que ele fosse danificado.

Em sua autópsia, os cientistas identificaram seu sangue como do tipo A, entenderam que ela morreu após um fatal ataque cardíaco aos 50 anos e que ela levava uma vida sedentária como parte da realeza. O mais bizarro, porém, foram os vestígios de vermes na mulher ainda viva, devido a uma extrema falta de higiene.


3. Lista de doenças

Os vermes, no entanto, não eram os únicos problemas de Lady Dai. Análises científicas posteriores realizadas no corpo revelaram que a mulher teve inúmeras doenças crônicas durante sua vida.

Foram encontrados vestígios de osteoporose, cálculos biliares, hérnia de disco, dor nas costas, trombose coronária, arteriosclerose e problemas de coração. Na tumba em que ela foi descoberta, ainda estavam presentes muitos remédios usados na época, como medicamentos para o combate à paralisia, asma e a dor de cabeça.


4. Extrema riqueza

Esquematização do túmulo completo de Xin Zhui / Crédito: Getty Images

Devido ao status social elevado da mulher e seu marido, ela foi enterrada em um túmulo extremamente luxuoso. Toda a sepultura representava sua posição na sociedade enquanto viva, demonstrando a importância do período pós-morte para os chineses.

No sistema cosmogônico chinês, com sua morte, o falecido deveria escolher alguns objetos para levar consigo para encontrar seu caminho pessoal. Fora toda a riqueza com a qual ela foi enterrada, Xin Zhui também carregou livros de saúde, obras de arte e textos com conselhos.


5. O mistério persiste

Nunca antes pesquisadores haviam visto um corpo com tamanho estado de conservação. E é claro que isso não foi ao acaso. Durante a investigação na tumba, os cientistas descobriram que seu interior foi coberto com 20 camadas de seda, grudadas com argila e carvão. 

É possível entender, portanto, que o cadáver foi selado à vácuo, o que fez com que agentes decompositores não conseguissem alcançá-lo. No entanto, foi descoberto algo ainda mais estranho: na pele da múmia, foi encontrado um líquido ácido. A substância pode ter ajudado na perfeita conservação, mas ainda não se sabe do que se trata, sendo possivelmente um anticéptico.


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