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De Cazuza a Freddie Mercury: A história do homossexualidade na arte

O ator e influenciador digital Daylon Martineli conta como eles e outros grandes nomes da arte se tornaram referência e marcaram suas trajetórias por usarem seus talentos para vencer as diversas formas de preconceito

Redação Publicado em 13/04/2021, às 00h00

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Cazuza durante apresentação - Divulgação/Instagram
Cazuza durante apresentação - Divulgação/Instagram

Jovem, ator, cantor e influenciador digital, Daylon Martineli está traçando seus primeiros passos no mundo da arte. Ao buscar seu espaço na carreira, ele mira em exemplos do passado com a convicção de que será o estímulo para um futuro promissor.

“Se eu pudesse ter escolhido uma época para viver, com certeza seria a década dos anos 70 e 80. Dentre muitos artistas do mundo musical, destaco minha enorme paixão por Agenor de Miranda Araújo Neto, mais conhecido como Cazuza, Cássia Eller e Renato Russo”, conta.

A escolha destes ícones não é por acaso, explica: “Todos eles são gays e têm uma representatividade a nível mundial. São artistas que revolucionaram a década e quebraram padrões que a sociedade impunha”, destaca Daylon.

Fazendo um paralelo com a época em que estavam no auge, o jovem influenciador digital conta que era um período em que “obviamente a AIDS era a maior pauta do mundo, enquanto os direitos de expressão eram severamente calados. Mesmo assim, os artistas transformavam a vida de seus fãs em diversão. Para se ter ideia, mesmo diante da ditadura militar brasileira, por exemplo, que foi o regime instaurado em 31 de março de 1964 e foi até 15 de março de 1985, era uma fase recheada de opressão, humilhação e preconceito. Mas mesmo assim, basta ver como tudo terminou, mesmo com todos estes ingredientes”, conta.

Ainda voltando no tempo, Daylon acredita que “o estilo diferente de cada deles, a forma com que vestiam suas roupas e demonstravam sua arte pro mundo os tornaram eternos. Para o mundo gay esse foi um grande presente. Para os opressores, alvo de profunda indignação”.

Rompendo barreiras

Além dos palcos, outro artista que rompeu barreiras contra o preceito dedicou sua vida às passarelas. Gianni Versace foi um designer de moda italiano e fundador da marca que leva seu sobrenome, famosa na produção de acessórios, fragrâncias, maquiagem, artigos de decoração e roupas.

“Ele também projetou roupas para teatro e filmes. Versace se tornou um dos maiores estilistas do mundo e com muita representatividade gay, levava sua arte através de seus panos, cortes e criatividade”, ressalta Daylon.

Anos se passaram, e algumas coisas foram mudando para melhor. Na década de 2000, Ricky Martin assumiu ser gay publicamente. “Ídolo de diversas mulheres heterossexuais, o artista também quebrou paradigmas e fez o mundo se calar perante a uma decisão que só cabia a ele, e cá entre nós, o mundo gay amou”, conta o jovem ator.

Lições

Daylon acredita que, “depois da virada do século, o mundo aprendeu grandes lições como: respeito, lugar de fala e, principalmente, que palavras também machucam. Tornou-se popular uma palavra muito usada até hoje: empatia. O mundo gay ainda sofre muito preconceito, mas bem menos que nas décadas passadas. Ainda assim, a luta continua, sempre”.

Diante de tantas transformações que o mundo tem vivido com a pandemia do coronavírus, Daylon Martineli acredita que esta fase “nos feriu emocionalmente e psicologicamente, por isso que ela possa trazer lições valiosas para a humanidade: doses mais severas de amor e empatia. Afinal, gay também é gente, como dizia os Mamonas Assassinas”, finaliza.