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Curiosidades / Crimes

De Natascha Kampusch a Colleen Stan: 5 pessoas que viveram sequestros longos

Vítimas de abuso físico e psicológico, eles foram raptados e passaram anos de desespero até conseguirem voltar para casa

Alana Sousa Publicado em 05/09/2020, às 10h00

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Montagem de Natascha Kampusch e Colleen Stan - Wikimedia Commons
Montagem de Natascha Kampusch e Colleen Stan - Wikimedia Commons

Essas pessoas têm em comum uma das piores experiências que o ser humano pode passar: o sequestro. Por meses, ou até mesmo anos, eles foram mantidos em cativeiros, sofrendo com abusos psicológicos e, em alguns casos, físicos.

Confira abaixo 5 vítimas de sequestros longos

1. Natascha Kampusch

Por oito anos, a jovem austríaca foi mantida em cativeiro. Natascha Kampusch foi sequestrada enquanto ia para a escola aos 10 anos, pelo maníaco Wolfgang Priklopil, de 44 anos. O criminoso abduziu a menina em plena luz do dia e se refugiou em uma cidade a 50 km de Viena.

Retrato de Natascha Kampusch quando criança / Crédito: Divulgação

O pesadelo começou em 2 de março de 1999 e foi marcado por violência psicológica e física. Kampusch relatou em seu livro posterior, intitulado 3.906 Dias — em referência ao tempo em que ficou presa — que o psicopata a agredia com socos e constantemente a estrangulava, além de obriga-la a realizar tarefas de casa.

Os anos de terror só chegaram ao fim em 23 de agosto de 2006, em um momento de descuido de Priklopil, Natascha conseguiu escapar e correu pela rua até ser socorrida. O sequestrador se matou atirando-se em frente a um trem em movimento.


2. Terry Anderson

Terry Anderson, um jornalista norte-americano, sofreu seis anos de desespero sob o comando dos militantes xiitas do Hezbollah, durante a Guerra Civil Libanesa. Entre 1985 e 1991, o correspondente da Associated Press permaneceu em cativeiro, e nunca soube se sairia com vida.

Terry Anderson em Beirute / Crédito: Getty Images

No dia 16 de março de 1985, Anderson foi retirado de seu carro em Beirute por três homens, que o forçaram a entrar em outro veículo. Com a cabeça coberta por um capuz, o homem passou mais de dois mil dias.

Na companhia de outros reféns, Terry foi o último jornalista a ser libertado, o que aconteceu apenas com o fim da guerra. Ao voltar para casa ele reconstruiu a vida como professor, até se aposentar em 2015.


3. Colleen Stan

Durante sete anos, a americana de 20 anos, Colleen Stan, foi torturada pelo casal Cameron Hooker, de 23 anos e Janice Hooker, de apenas 19 anos. O trágico caso aconteceu no ano de 1977, no estado do Oregon. Ao tentar ir para uma festa de aniversário, que ficava a 600 km de sua cidade natal Eugene, Colleen aceitou a carona dos criminosos, que transformariam sua vida em um inferno.

CaptionColleen Stan com a idade em que foi sequestrada / Crédito: Divulgação/Youtube

Hooker mudou de rota no meio do caminho e entrou em uma área remota. Desesperada, Stan tentou entender a situação, mas foi ameaçada com uma faca e obrigada a entrar em uma caixa. Levada até um porão, a jovem foi retirada do objeto e presa pelos pulsos no teto. Teve início uma série de tortura, a moça foi espancada, eletrocutada, chicoteada e queimada. Era mantida dentro de uma caixa, que se assemelhava a um caixão pela maior parte do dia.

O resgate veio de onde Colleen menos esperava. Certo dia, Janice procurou a jovem para que ambas fugissem de Cameron. E assim aconteceu. Enquanto o homem estava no trabalho, elas se refugiaram na casa dos pais da sequestradora. Lá, a vítima ligou para sua família e finalmente estava livre. Um tempo depois, Janice testemunhou contra o marido no tribunal e ganhou imunidade, enquanto o maníaco recebeu uma sentença de 104 anos de prisão.


4. Pedro Rosalino Braule Pinto

O Caso Pedrinho foi um dos sequestros mais chocantes do país, a criança que nasceu em 1986, no Hospital Santa Lúcia, em Brasília, foi raptada ainda na maternidade da Instituição, e só voltou a reencontrar a família após longos 16 anos.

Pedrinho junto de seus pais biológicos/ Crédito: Divulgação/ YouTube/ TV Serra Dourada

O menino foi levado por Vilma Martins Costa, uma empresária que morava em Goiânia. A mulher mudou o nome de Pedro para Osvaldo Martins Borges e o criou em sua casa por quase duas décadas.  Lá ele foi apresentado à irmã: Aparecida Fernanda Ribeiro da Silva, que também havia sido sequestrada e era chamada de Roberta Jamilly Martins Borges.

A farsa foi descoberta primeiramente por Gabriela Azeredo Borges, neta do então marido de Vilma. A mulher começou a desconfiar da história da criminosa de como havia conseguido os filhos; logo passou a buscar sobre informações e viu em um site de crianças desaparecidas a foto de Pedrinho. Ao contatar as autoridades um teste de DNA foi realizado em quem se pensava serem os verdadeiros pais do menino. Assim que os resultados saíram o garoto foi morar com a nova família, em 2003, aonde permanece até hoje.


5. Eloá Cristina Pimentel

Em 13 de outubro de 2008, Eloá Cristina Pimentel e mais três amigos faziam um trabalho escolar em um apartamento em Santo André, no ABC Paulista. Quando, de repente, o ex-namorado da jovem invadiu o local e fez todos de refém por cinco dias, o que se tornou o mais longo sequestro em cárcere privado de São Paulo.

Lindemberg Fernandes Alves, de 22 anos, estava insatisfeito com o fim do namoro e queria se vingar. Primeiramente, os dois amigos de Eloá foram liberados, restando apenas ela e a amiga Nayara Rodrigues na residência.

Eloá na janela de seu apartamento, durante o sequestro / Crédito: Wikimedia Commons

Amplamente divulgado pela mídia nacional, inclusive com coberturas ao vivo, a polícia tentava entrar em acordo com o criminoso, que aproveitava a atenção que o caso ganhara. No dia seguinte, em 14 de outubro, Lindemberg soltou Nayara, restando apenas a pessoa que ele mias queria machucar.

Com a situação cada vez ficando mais preocupante, os policiais do Grupo de Ações Táticas Especiais e da Tropa de Choque da Polícia Militar invadiram o apartamento após, supostamente, ouvirem um disparo de arma de fogo. Dentro do prédio, as autoridades lutaram com o raptor, que efetivou dois tiros: um deles acertou a cabeça de Eloá, que não resistiu e morreu no dia 18 de outubro.


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