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Curiosidades / Natal

Do Krampus ao caganer: 5 tradições natalinas curiosas ao redor do mundo

Muitas tradições ao redor do mundo escapam do imaginário de qualquer brasileiro, conheça as mais inusitadas que são celebradas pelo mundo!

Izabel Duva Rapoport Publicado em 10/12/2020, às 09h00 - Atualizado em 22/12/2023, às 12h26

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Divulgação do filme Krampus - Divulgação/Universal Pictures
Divulgação do filme Krampus - Divulgação/Universal Pictures

Entra ano, sai ano, continuamos nos sentando à mesa para celebrar o Natal, como faziam nossos pais, avôs e bisavôs. É um ritual nascido há séculos, provavelmente nas igrejas europeias, que passaram a reunir os fiéis.

O intuito era confraternizar e programar o futuro e isso também não mudou. Só o cardápio foi se alterando e ganhando novas interpretações em cada país. Contudo, muitos países adotaram tradições que escapam completamente do espírito natalino que estamos acostumados.

Pensando nisso, a Aventuras na História decidiu separar algumas tradições que chamam atenção ao redor do mundo. Confira abaixo!

1. Tradição pagã

Em 5 de dezembro, véspera do Dia de São Nicolau, homens se vestem como o Krampus, uma figura chifruda com cascos e pernas de bode, e saem às ruas da Áustria para assustar as crianças que se comportaram mal no ano.

Para acalmá-lo, é preciso oferecer schnapps, uma aguardente da região. Acredita-se
que Krampus era um deus pagão celebrado no solstício de inverno e incorporado ao Natal no século 17, contra a vontade da Igreja. A tradição, proibida em 1923, voltou no fim do século e segue até hoje.


2. Natal tétrico

O esqueleto de um cavalo decorado com bolas de vidro e pano faz parte da diversão
natalina dos galeses. Com esta figura à frente, homens cantam e pedem para entrar nas casas para comer, beber e aterrorizar as famílias.

Mari Lwyd representada em pintura /Crédito: Hogyncymru via Wikimedia Commons

Nesta hora, as mandíbulas da caveira “riem” e estalam os dentes, revivendo uma tradição cuja origem vem da deusa celta Epona, protetora dos cavalos e da fertilidade.


3. Regata das bruxas

Em Veneza, na Itália, a famosa bruxa folclórica Befana — que deixa doces em meias para crianças na Noite de Reis (5 de janeiro) ou carvão para as malcomportadas — ganha uma série de representantes que disputam, entre eles, uma corrida de barcos pelo canal.

Diz a lenda que, após perder seu filho, ela visitou Jesus na manjedoura e foi abençoada como a mãe de todos os italianos.


4. Número 2

Nos presépios da Catalunha, na Espanha, é comum encontrar o caganer — um bonequinho que defeca num canto, geralmente longe do menino Jesus. Apesar do tom escatológico, o significado disso é bonito: remete à fertilização do solo para o próximo Natal.

Um exemplo de caganer / Crédito: Caganercom via Wikimedia Commons

Com o tempo, surgiram caganers da cultura pop, como celebridades, políticos e até intelectuais, como Albert Einstein.


5. Blackface

Na Holanda, Papai Noel chama-se Sinterklass, abreviação de Sint Niklass, São Nicolau. E se veste como bispo. Já seu ajudante, que o acompanha na entrega dos presentes, é chamado de Zwarte Piet (Pedro Negro), sendo encarnado por homens brancos que pintam a cara de preto e os lábios de vermelho — motivo de polêmica no país e de protestos contra o racismo e pelo fim da 'tradição'.