Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Curiosidades / Monarquia

Dom Pedro I e Leopoldina: entenda como o casamento foi a arma dos Habsburgo

Destinada ao fracasso, a relação pode ser entendida como uma grande estratégia

Redação Publicado em 18/07/2020, às 08h00

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Montagem das pinturas oficiais de Dom Pedro I e Leopoldina - Wikimedia Commons
Montagem das pinturas oficiais de Dom Pedro I e Leopoldina - Wikimedia Commons

Essa Habsburgo original pertencia a uma dinastia para a qual havia sido cunhada a frase: “Deixa que os outros façam a guerra; tu, feliz Áustria, casa-te” (“Bella gerant alli, tu felix Áustria, nube”), dado que o império que sua família governava fazia seis séculos havia utilizado uma acertada estratégia de casamentos dinásticos para se estender e ser mais poderoso, também em termos econômicos e comerciais.

Aquela máxima e essa última consideração estavam na mente do príncipe de Metternich, chanceler do império austríaco, quando, em meados de 1816, aconselhou o imperador Francisco I da Áustria a aceitar a proposta de casar sua quarta filha com um jovem príncipe português.

Maria Leopoldina em pintura oficial /Crédito: Wikimedia Commons

Ele havia crescido em distantes terras sul-americanas das quais se podiam importar minerais e tinturas vegetais, e ao mesmo tempo exportar produtos manufaturados no império, que seriam embarcados em portos italianos pertencentes aos austríacos.

O casamento de Leopoldina com o príncipe herdeiro do Brasil pode ser visto, portanto, também como uma estratégia da Áustria para fazer concorrência à outra grande potência europeia vencedora de Napoleão, a Grã-Bretanha.

Um plano que, naturalmente, beneficiava a parte luso-brasileira, já que essa aliança político-matrimonial lhe dava a possibilidade de equilibrar o peso que os britânicos exerciam sobre a soberania (e o comércio) do novo Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves – um ente bicontinental criado no final de 1815, depois de uma sugestão feita, não por acaso, durante o Congresso de Viena, durante o qual as potências vencedoras de Napoleão dividiriam a influência sobre as menores.

Para que os propósitos do casamento entre Leopoldina de Habsburgo e Pedro de Bragança se cumprissem, era necessário, antes de mais nada, que da união nascesse um herdeiro.

Por isso a importância das relações físicas do casal – como sabiam as arquiduquesas da Casa da Áustria, que desde o século 13 eram instruídas para cumprir esse objetivo político. A propósito, segundo a cosmovisão do catolicismo.


++Saiba mais sobre o tema através de grandes obras disponíveis na Amazon Brasil

D. Leopoldina: a história não contada: A mulher que arquitetou a independência do Brasil, de Paulo Rezzutti (2017) - https://amzn.to/3hwA2Bb

Titília e o Demonão – A história não contada: A vida amorosa na corte imperial: mensagens de d. Pedro I à marquesa de Santos, de Paulo Rezzutti (2019) - https://amzn.to/2YFRZ7N

D. Pedro - A História não Contada, de Paulo Rezzutti (2015) - https://amzn.to/3hAIsHG

Discurso de Dom Pedro I recitado na abertura da Assembéia Geral Constituinte e Legislativa a 3 de maio de 1823, de Frei Caneca - https://amzn.to/2QackQ0

Pedro I, de Isabel Lustosa - https://amzn.to/2Qbk3NJ

Vale lembrar que os preços e a quantidade disponível dos produtos condizem com os da data da publicação deste post. Além disso, a Aventuras na História pode ganhar uma parcela das vendas ou outro tipo de compensação pelos links nesta página.

Aproveite Frete GRÁTIS, rápido e ilimitado com Amazon Prime: https://amzn.to/2w5nJJp 

Amazon Music Unlimited – Experimente 30 dias grátis: https://amzn.to/2yiDA7W