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Economia profana: As inusitadas moedas eróticas da Roma Antiga

Consideradas um dos maiores mistérios da época, as medalhas Espíntria traziam imagens explícitas de relações sexuais

Pamela Malva Publicado em 27/06/2020, às 07h00

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Imagem meramente ilustrativa de antigas moedas romanas - Divulgação/Pixabay
Imagem meramente ilustrativa de antigas moedas romanas - Divulgação/Pixabay

Os primeiros registros romanos sobre o sexo surgiram em meados de 7510 a.C. e, naquela época, o ato funcionava como uma importante ferramenta de manutenção do Estado. Assim, relações sexuais também eram consideradas atos políticos.

Na maioria das vezes, portanto, o sexo era visto como um dever. De um lado ficavam os homens, com todo o prazer e satisfação; e, do outro, restavam as mulheres, com o restrito papel de dar continuidade à linhagem — orgasmos para elas nem pensar! 

Apesar da importância política, no entanto, o sexo entre os homens romanos também era objeto de diversão. Jovens casados, por exemplo, tinham a total liberdade de trair suas esposas com outras pessoas — o gênero dos amantes sequer importava.

Dessa forma, é de se esperar que uma sociedade tão profana — como foi vista nos anos futuros por povos mais conservadores — contasse com artefatos eróticos e bastante obscenos. Esse era o caso das medalhas Espíntria, ou Spintria.

Algumas das obcenas Espíntrias / Crédito: Wikimedia Commons

Mistério erótico

Produzidas por um curto período, principalmente em meados do século 1 d.C., as espíntrias eram feitas de bronze ou de latão e traziam imagens eróticas o suficiente para assustar qualquer indivíduo conservador da Idade Média.

Pouco menores do que uma moeda de 50 centavos, as medalhas são consideradas um dos maiores mistérios da sociedade romana. Pouco se sabe sobre suas aplicações ou utilidades — questões bastante discutidas até hoje.

Sem muitos documentos acerca das espíntrias, estudiosos como Friedlander afirmam que as medalhas serviam como uma entrada para bordéis. Outros ainda argumentam que eram moedas de troca exclusivas para pagar por jovens prostitutos.

Duas Espíntrias romanas / Crédito: Wikimedia Commons

Sexo ou jogos de azar?

No século 16, o escritor latino Suetônio passou a usar a palavra Spintria para definir todos aqueles que cometiam atos ultrajantes — à época resumidos em atos sexuais ou apenas sensuais. Por isso, há quem defenda que as espíntrias eram usadas em bordéis.

Para Theodore V. Buttrey, no entanto, as medalhas eróticas eram usadas como peças de jogos de azar. Nesse sentido, o autor acredita que não existem evidências que realmente provem a ligação entre as espíntrias e qualquer forma de prostituição.

Independentemente de sua finalidade, muitos estudiosos afirmam que as moedas traziam cenas explícitas do sexo homoafetivo. Segundo Buttrey, Jacobelli e Talvacchia, todavia, as imagens obscenas são exclusivamente heterossexuais.

Para a grande maioria dos entusiastas da história romana, no entanto, pouco importa a finalidade das moedas eróticas. No final das contas, as espíntrias foram essenciais para compreender como, mesmo há tantos anos, a sociedade romana era livre de tabus — pelo menos em relação ao sexo e à homossexualidade masculina.


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