Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Curiosidades / Mundo

Entenda a relação da Guerra do Paraguai com a rixa entre brasileiros e argentinos

A rivalidade entre as nações pode ser muito mais antiga do que se imagina

Igor Natusch Publicado em 19/07/2020, às 08h00

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Quadro retratando a Guerra do Paraguai - Wikimedia Commons
Quadro retratando a Guerra do Paraguai - Wikimedia Commons

Se você comemora sempre que os argentinos perdem no futebol, saiba que a rivalidade pode ter raízes bem mais antigas.

“Especialmente após o fim da Guerra do Paraguai, as tensões entre Brasil e Argentina se exacerbaram”, afirma o historiador Ricardo Salles. Segundo ele, um conflito armado entre os dois países era uma tendência forte na década de 1870, e não faltou muito para que a guerra estourasse na região.

Mesmo com a Guerra do Paraguai encerrada, demorou vários meses até que começassem a ser assinados os tratados de paz, já que a Argentina se recusava a aceitar o Paraguai como nação independente.

O Governo argentino desejava o controle do Grande Chaco, conforme determinado no Tratado da Tríplice Aliança. Por outro lado, a suspeita brasileira era de que Buenos Aires, então sob comando de Domingo Faustino Sarmiento, tentava encorajar forças paraguaias favoráveis do país, provocando um clamor nacional pela anexação da Argentina – o que desiquilibraria as forças políticas de toda a região.

Territorialmente, o Brasil já tinha garantido posse das antigas áreas em litígio, e a livre navegação no Rio Paraguai, em tratado assinado pelos dois países em 1872.

A assinatura, sem o aval argentino, foi interpretada em Buenos Aires como traição. Escrevendo ao representante argentino em Washington, Sarmiento afirmou que o acordo entre Brasil e Paraguai “levaria inevitavelmente à guerra”; no Rio de Janeiro, o Visconde de Rio Branco, então chefe do governo brasileiro, também considerava o confronto iminente.

A tensão entre brasileiros e argentinos era tanta que o Brasil manteve tropas em solo paraguaio durante seis anos após a guerra, buscando manter o país distante da “influência argentina”.

Destruída, a nação tratou de jogar com essa tensão, tentando obter vantagens de um lado e outro. Não fosse um levante federalista na província de Entre Ríos, que mantinha as tropas argentinas ocupadas desde 1870, a guerra poderia ter se concretizado.

Só em 1876 a Argentina reconheceria de fato a independência paraguaia, por meio da conferência de Buenos Aires. A assinatura do documento esfriou os ânimos, mas não acabou com as tensões; de acordo com Ricardo Salles, só no começo do século 20 a ameaça de uma nova guerra foi definitivamente afastada. A rixa ficou.


++Saiba mais sobre a Guerra do Paraguai através de grandes obras disponíveis na Amazon Brasil

A Guerra do Paraguai, Luiz Octavio De Lima (2016) - https://amzn.to/2NlzNdP

A guerra é nossa - a Inglaterra não provocou a guerra do Paraguai, Alfredo Da Mota Menezes (2012) - https://amzn.to/2olFPTk

Uma Nova História da Guerra do Paraguai, Nigel Cawthorne (2015) - https://amzn.to/2WvxOIp

Revisando a Revisão. Genocídio Americano. A Guerra do Paraguai, Silvânia de Queiróz (2014) - https://amzn.to/36apjXs

The Grandchildren of Solano López: Frontier and Nation in Paraguay, 1904–1936, Bridget María Chesterton (e-book) - https://amzn.to/2Ju5z7g

Vale lembrar que os preços e a quantidade disponível dos produtos condizem com os da data da publicação deste post. Além disso, a Aventuras na História pode ganhar uma parcela das vendas ou outro tipo de compensação pelos links nesta página.

Aproveite Frete GRÁTIS, rápido e ilimitado com Amazon Prime: https://amzn.to/2w5nJJp

Amazon Music Unlimited – Experimente 30 dias grátis: https://amzn.to/2yiDA7W