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Fax é mais antigo que telefone

Em 1865, imagens já eram transmitidas por cabos telegráficos

Fábio Marton Publicado em 10/05/2017, às 09h26 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h35

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Detalhe da impressora e scanner do pantelégrafo de Caselli - Wikimedia Commons
Detalhe da impressora e scanner do pantelégrafo de Caselli - Wikimedia Commons

RETROTECH

Hoje já parece uma coisa antiquada, daquele cartório que ainda usa computadores bege. Mas o fax, transmitir imagens pelo telefone, parecia futurista quando começou a chegar por aqui, na década de 1990. É uma daquelas invenções que surgiu muito antes do que se imagina. 

O fax entrou em serviço comercial em 1865, 11 anos antes da invenção do telefone, numa linha entre Paris e Lion. O aparelho foi batizado de "pantelégrafo", derivado de pantógrafo, aparato usado para reproduzir imagens. Seu inventor, o italiano Giovanni Caselli, chegou a Paris com um protótipo em 1856, e já havia feito inúmeras demonstrações, incluindo uma linha experimental para o czar Alexandre III.

Caselli tornou viável uma criação de 1843 do escocês Alexander Bain, considerado o real inventor do fax. Os aparelhos de Bain e Caselli funcionavam lendo mensagens de uma placa de metal na qual era escrito ou desenhado algo com tinta não condutiva. Uma agulha passava pela placa conduzindo eletricidade nas partes expostas e parando de conduzir nas partes com tinta. O sinal era transmitido para um receptor por cabos telegráficos, onde uma agulha traçava as linhas num papel com tinta sensível a eletricidade. Para que tudo funcionasse, ambas as máquinas tinham de se mover em sincronia. Caselli usou relógios ultraprecisos ligados a um pêndulo. Ainda assim, às vezes a sincronia era perdida e a mensagem chegava ilegível. O serviço foi extinto em 1870, com o fim do reino de Napoleão III, que havia bancado o projeto.

O fax voltaria com outros inventores, como Elisha Gray, que criou o "teleautógrafo" em 1888. O primeiro leitor óptico, capaz de transmitir fotos, foi criado em 1913, por Éduard Belin, mas ficou restrito a jornais e revistas por causa do preço proibitivo. Só em 1964, com o LDX, da Xerox, a tecnologia começou a se popularizar.