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Curiosidades / Personagem

Fugas, solidão e medo: a vida de Olga Alexandrovna após a execução de Nicolau II

Irmã mais nova do último czar, a mulher era bastante ligada à Família Imperial e entrou em luto profundo quando todos morreram — mas ela não tinha muito tempo, precisava fugir

Pamela Malva Publicado em 05/07/2020, às 18h00

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Fotografia da Grã-duquesa Olga Alexandrovna - Wikimedia Commons
Fotografia da Grã-duquesa Olga Alexandrovna - Wikimedia Commons

No dia 17 de julho de 1918, o último czar Nicolau II e toda a sua família foi alvejada por  Yakov Yurovsky e seus companheiros. Com isso, o Império Russo caiu e toda uma linha de nobres foi derrubada do trono.

Profundamente apaixonada pelo irmão mais velho, por Alexandra Fyodorovna e por todos os seus sobrinhos, a Grã-duquesa Olga Alexandrovna entrou em luto absoluto quando descobriu sobre as mortes. Ela, afinal, era muito próxima da Família Imperial.

Foi exatamente por isso que, após a morte de Nicolau II, Olga e seu marido tiveram uma grande dificuldade para seguir em frente. O problema, no entanto, é que ela ainda representava uma família que os bolcheviques não gostavam nem um pouco.

Olga (a menina mais nova, ao centro), seus pais e irmãos, com Nicolau II (o mais alto na segunda fileira) / Crédito: Wikimedia Commons

A vida depois de Nicolau

Ainda reconhecidos como parte da nobreza imperial, Olga e Nikolai Kulikovsky recusaram-se a deixar sua tão amada Rússia, apesar da constante ameaça. Decidiram, então, rumar para o Cáucaso, que não mais estava sob comando bolchevique.

Com a ajuda de Timofei Yatchik, um guarda-costas imperial, o casal chegou em Novominskaya. Na cidade, Olga e o marido alugaram uma fazenda de cinco quarto e tiveram seu segundo filho, Guri Nikolaevich, em 23 de abril de 1919.

Meses mais tarde, a família viajou mais uma vez, agora para Novorossiysk, a fim de conseguir refúgio na casa de Thomas Schytte, o cônsul dinamarquês. Mesmo que a viagem fosse perigosa, conseguiram despistar os revolucionários.

De casa para o mundo

Pouco tempo se passou até que Olga tivesse de fugir novamente, após uma breve estadia com o cônsul. Ao lado do marido e dos filhos, a Grã-duquesa foi enviada para um campo de refugiados perto de Istambul, onde dividiam o quarto com mais onze adultos.

Duas semanas depois, a família foi evacuada para Belgrado, onde Olga foi convocada para viver com sua mãe na Dinamarca. Em 1920, todos mudaram-se para Copenhague e passaram a morar com a Imperatriz Dagmar — que achava seus netos muito barulhentos e não concordava com o casamento entre Olga e Nikolai.

Em meados de 1925, o casal deixou a casa da mãe de Olga e rumou até Berlim, a fim de conhecer Anna Anderson, uma jovem que alegava ser filha de Nicolau II. Naquela época, logo depois da morte do último czar, muitas impostoras tentaram se passar por herdeiras do Imperador, mas todas as mentiras logo caíram por terra.

Pintura de Olga quando jovem / Crédito: Wikimedia Commons

Êxodo dinamarquês

Em 1928, com a morte de Dagmar, Olga vendeu as propriedades da mãe e comprou sua própria fazenda. Durante um bom tempo, o local foi considerado um centro de confraternização para a comunidade monarquista russa na Dinamarca.

Durante a Segunda Guerra Mundial, quando o país foi invadido por forças alemãs, Olga assistiu seus filhos se alistarem para o exército dinamarquês. A Grã-duquesa, no entanto, decidiu ficar do lado de seus compatriotas alemães.

Com o fim do conflito, a União Soviética escreveu ao governo dinamarquês acusando Olga de conspiração contra o Estado russo. Com medo de maiores retaliações, a irmã mais nova de Nicolau II decidiu fugir para o Canadá com o resto dos Romanov.

Olga (de vestigo branco) e Nicolau II (com botas de couro) durante visita da corte de Sião à Rússia / Crédito: Wikimedia Commons

Vida nas Américas

Em meados de 1948, a família partiu da Inglaterra a bordo do navio Imperatriz do Canadá e rumaram para o novo país. Lá, compraram uma fazenda em Halton County, Ontário, a fim de viver uma vida tranquila e longe das revoluções.

Poucos anos depois, a casa já era um farto para Olga e seu marido, que estavam velhos demais para cuidar da fazenda e arranjar qualquer trabalho. Assim, com os filhos distantes, o casal mudou-se para uma área suburbana do estado canadense.

O fim de fato chegou em 1958, quando Nikolai morreu e Olga viu-se sozinha. Nos dois anos seguintes, sua saúde se deteriorou e, após três dias em coma, a solitária Grã-duquesa morreu, em 24 de novembro de 1960, aos 78 anos. 


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