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Curiosidades / Coreia do Norte

Neste dia, em 2011, morria Kim Jong-il, pai de Kim Jong-Un

A falta de informações sobre a morte de Kim Jong-il resultou em especulações

Redação Publicado em 17/12/2020, às 09h57 - Atualizado em 16/12/2022, às 14h22

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Registro de Kim Jong-il - Getty Images
Registro de Kim Jong-il - Getty Images

Era dezembro de 2011, quando uma multidão tomou as ruas de Pyongyang, capital da Coreia do Norte. Devastadas, lamentavam a morte do tirano Kim Jong-il, pai de Kim Jong Un.  O óbito do líder do regime mais fechado do mundo representou um trauma para a população.

Não por acaso, os detalhes sobre o falecimento do ditador jamais foram divulgados com precisão - e as controvérsias que rondam o suposto motivo do óbito deram o que falar na imprensa internacional.

População norte-coreana chorando pela morte de Kim Jong-Il / Crédito: Divulgação / Youtube 

A justificativa oficial foi anunciada somente 51 horas após o incidente. Em transmissão ao vivo na televisão norte-coreana, o âncora Ri Chun-hee, vestindo um look todo preto, liderou as condolências no país.

A população ganhou como espécie de "consolo" uma foto sorridente de Kim Jong-il. É uma tradição na Coreia do Norte liberar imponentes imagens post-mortem de líderes de estado. 

Contestação

Depois da homenagem, a Agência Central de Notícias da Coreia (KCNA) anunciou oficialmente que Kim Jong-il teria morrido de "infarto do miocárdio grave, após um ataque cardíaco", em 17 de dezembro de 2011, um sábado. O ditador estaria em um trem, quando faleceu tragicamente. 

No entanto, segundo outra versão dos acontecimentos, liberada pelo Serviço de Inteligência sul-coreano, cameras de segurança mostraram que o veículo locomotivo onde estaria Kim Jong-il jamais havia saído do lugar. O governo da Coreia do Sul suspeitava da morte do soberano. 

Segundo um dos principais jornais sul-coreanos, The Chosun Ilbo, as circunstâncias em torno da morte de Kim eram inconsistentes, quando se trata de viagens oficiais de negócios. As condições climáticas não eram as melhores e de modo suspeito, um baixo número de testemunhas observou os eventos. 

Segredo de estado

Em 2012, o jornal The New York Daily News repercutiu informações da mídia sul-coreana, que diziam que Kim Jong-il teria morrido após ter um ataque de raiva. O ditador teria ficado estressado depois de ser informado sobre um vazamento maciço na represa hidrelétrica em Huichon, na província de Jagang.

Segundo o jornal The Chosun Ilbo, ele considerava a usina um ponto crucial para o futuro energético do país e chegou a visitar o local oito vezes desde que este entrou em construção, em 2009. Kim Jong-il teria ordenado a oficiais que fizessem reparos imediatos e não foi incapaz de conter sua raiva, morrendo subtamente.

A morte

Independentemente dos motivos do óbito, segundo a Agência Central de Notícias da Coreia (KCNA), as pessoas estavam "convulsionando com dor e desespero" com a perda de Kim Jong-il. Porém, optaram por se unir atrás de seu sucessor, Kim Jong-un. Um ano antes da morte do político norte-coreano, o filho já tinha sido apresentado como o próximo sucessor. 

Educado na Suíça, acredita-se que Kim é o terceiro filho de Kim Jong-il, e da esposa favorita do chefe de estado, Ko Yong-hui. Segundo a BBC, a Coreia do Sul passou a temer que o novo governo desestabilizasse a região. 

Kim Jong-un no enterro do pai / Crédito: Divulgação / Youtube 

Na ocasião, os sul-coreanos estavam em guerra com a Coreia do Norte. Então, o Conselho de Segurança Nacional do Sul foi convocado para uma reunião de emergência.

O presidente da Coreia do Sul, Lee Myung-Bak, até conversou com o presidente dos EUA, Barack Obama, por telefone. Segundo um porta-voz do país asiático, eles "concordaram em cooperar estreitamente e monitorar a situação juntos".

Por outro lado, a reação de Washington foi abafada, com a Casa Branca dizendo que estava "monitorando de perto" os relatos da morte de Kim Jong-il. Até hoje, os segredos do regime norte-coreano intrigam o planeta.

Ao que tudo indica, o clima de mistério do pai do atual tirano ainda reina, já que a ditadura continua a tratar seus líderes a sete chaves.