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Curiosidades / Personagem

Gerald Cotten, o executivo que morreu com um segredo de milhões

Então dono da maior operadora de criptomoedas do Canadá, a tragédia repentina resultou na revolta de mais de 100 mil clientes no ano passado

Wallacy Ferrari Publicado em 11/11/2020, às 11h49

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Fotografia em plano retrato de Gerald Cotten - Divulgação / Quadriga
Fotografia em plano retrato de Gerald Cotten - Divulgação / Quadriga

Nascido em 1988, o jovem canadense Gerald Cotten tinha apenas 22 anos quando se formou na Escola Schulich de Negócios, setor da York University, se tornando bacharel em administração. Na mesma época, entretanto, uma descoberta resultou em uma grande aposta do rapaz.

As criptomoedas emergiam na internet norte-americana e o bitcoin, principal criptomoeda, estava com um custo extremamente baixo pela promessa que fazia.

Em 2013, após conseguir converter alguns dólares, ele se surpreendeu pela alta valorização. Notando o potencial, fundou a empresa de soluções em bitcoins Quadriga, que em três anos se tornou a maior bolsa de criptomoedas do país.

Gerald durante evento sobre criptomoedas / Crédito: Divulgação / decentral.tv

Morte repentina no auge

No final de 2018, Gerald atuava como CEO da empresa, contando com três unidades em Vancouver e Toronto, além já contar com operações associadas ao Banco Imperial Canadense de Comércio.

Durante o mesmo ano, diversas oscilações na criptomoeda resultou em um congelamento que, de acordo com o Banco, não conseguia manter contato com o fundador e nem determinar a propriedade do dinheiro dos mais de 100 mil clientes

Visando maior segurança, Cotten decidiu guardar o montante de bitcoins, avaliado pela empresa em mais de 600 milhões de reais, em um sistema conhecido como “cold storage” (câmara fria), que mantém os bitcoins sem contato com a internet, armazenando o mesmo em um notebook criptografado unicamente pelo CEO. Com o dinheiro seguro e protegido com senha direta do dono, era a hora de retomar as ações.

Antes de disponibilizar as carteiras virtuais aos clientes, o empresário decidiu aproveitar o espaço de tempo do congelamento para realizar seu casamento, passando a lua de mel na Índia, em dezembro do mesmo ano.

Contudo, no dia 9 do mesmo mês, Jennifer Robertson, esposa do CEO, notou complicações do companheiro em Jaipur durante a estadia, sendo diagnosticado com choque séptico, perfuração, peritonite e obstrução intestinal. A combinação de enfermidades resultou em sua morte precoce aos 30 anos de idade.

Ultima selfie tirada pelo executivo com a esposa, na Índia / Crédito: Divulgação

Mistérios do que restou

Estranhamente, o testamento do rapaz, deixado inteiramente para a esposa e avaliado em 9,5 milhões de dólares canadenses, havia sido assinado doze dias antes da morte. A causa do óbito acabou sendo divulgada em nota pela empresa; Cotten havia falecido por complicações em decorrência da doença de Crohn — uma infecção estomacal que resulta em raras mortes — que havia adquirido na Índia.

Para a revolta dos clientes, o dinheiro guardado no cold storage ficou criptografado e, sem Cotten, a abertura se tornou impossível, lesando milhares de canadenses e resultando em uma extensa investigação inconclusiva, que chegou a ter exumação do cadáver de Gerald agendada para maiores informações em dezembro de 2019, de acordo com o Bloomberg.

Sem conseguir reaver o dinheiro dos clientes, o conselho da empresa abriu um pedido de falência para a justiça canadense, alegando que não tinha poder para a recuperação monetária.

Uma comunidade de clientes insatisfeitos levantou a sugestão de que Cotten fingiu a própria morte para fraudar os associados, além de cogitar uma espécie de esquema Ponzi — fraude que atrai investidores com lucros provenientes de investidores anteriores. A exumação também foi solicitada pelo grupo, que busca confirmar a veracidade do óbito.


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