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Curiosidades / Personagem

Há 187 anos, Dom Pedro I morria no Palácio Real de Queluz, em Portugal

O imperador voltou para a Europa após abdicar do trono brasileiro, tornando-se vítima da tuberculose em 24 de setembro de 1834

Pamela Malva Publicado em 24/09/2021, às 07h00

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Ilustração do momento da morte de Dom Pedro I - Domínio Público/ Creative Commons/ Wikimedia Commons
Ilustração do momento da morte de Dom Pedro I - Domínio Público/ Creative Commons/ Wikimedia Commons

Herdeiro do Rei João VI, de Portugal, Dom Pedro I teve de aprender a lidar com diversos tipos de responsabilidade quando ainda era muito jovem. Aos 9 anos, por exemplo, ele assistiu seu país ser invadido pelas tropas de Napoleão e, logo em seguida, acompanhou a insana saga da Família Imperial até o Rio de Janeiro.

Uma vez na Cidade Maravilhosa, aprendeu a ler e escrever em português, latim e francês. Conseguia, inclusive, compreender o inglês e o alemão. Diplomático e astuto, casou-se com Leopoldina em 1817 e, aos 24 anos, assumiu como Imperador do Brasil.

Nos anos seguintes, Pedro I foi protagonista de diversos episódios marcantes na história brasileira, como grito da independência, em 1822. Seu governo, no entanto, acabou quando o imperador abdicou ao trono, em abril de 1831.

Daquele dia em diante, a vida de Dom Pedro I foi cheia de altos e baixos. Da sua volta para a Europa até o dia de sua morte, há exatos 187 anos, o final da vida do homem foi repleto de tristeza, momentos de luto e muitas batalhas.

Ilustração de Dom Pedro I / Crédito: Domínio Público/ Creative Commons/ Wikimedia Commons

Uma viagem longa

Dom Pedro I e sua segunda esposa, Amélia, embarcaram para a Europa na manhã do dia 7 de abril de 1831. Após uma longa viagem, chegaram em Cherbourg-Octeville, na França, em 10 de junho.

O político tentou encontrar aliados na França e no Reino Unido por alguns meses, mas não obteve quaisquer respostas positivas. Foi, de fato, bem recebido, mas não conseguiu o apoio de nenhum dos dois governos europeus.

Sem nenhuma posição oficial, Dom Pedro I reivindicou seu título de Duque de Bragança, apesar de não ser o herdeiro direto do nome. Em dezembro, acompanhou, em Paris, o nascimento de sua única filha com Amélia, a princesa D. Maria Amélia.

Ainda assim, não deixou seus outros filhos sem notícias. Escrevia cartas diariamente e expressava suas saudades para cada um de seus herdeiros. Nos textos, também pedia que os jovens, principalmente Dom Pedro II, levassem suas educações a sério.

O casamento de Dom Pedro I e Amélia / Crédito: Domínio Público/ Creative Commons/ Wikimedia Commons

A chegada da guerra

Com o início da Guerra Civil Portuguesa em 1832, Dom Pedro I despediu-se de sua esposa e de sua filha para unir-se aos combatentes. Ao lado de seus aliados, o ex-imperador entrou na cidade do Porto em 9 de julho daquele ano.

Com seu conhecimento militar, Pedro assumiu a liderança de um grupo liberal. A frente contava com mercenários estrangeiros e alguns voluntários. O exército do Duque, no entanto, avançava em um número muito inferior aos opositores.

Assim, levemente vulneráveis, o grupo foi cercado pelos rivais por mais de um ano. Nesse meio tempo, em 1833, enquanto tentava solucionar o problema, Dom Pedro I descobriu que sua filha, Paula, ficava cada vez mais próxima da morte.

A guerra, todavia, não dava espaço para o luto e o Duque teve de carregar canhões, cavar trincheiras e cuidar de feridos enquanto chorava pela filha. O comandante ainda foi obrigado a assistir sua tropa ser alvejada e, por vezes, explodida.

Uma jogada de mestre

Com a guerra quase perdida, Dom Pedro I decidiu por uma manobra arriscada. Dividiu suas forças e ordenou que parte dos combatentes atacasse ao sul de Portugal. Algarve caiu e a tropa do Duque avançou para Lisboa, dominando a capital.

A batalha, contudo, não estava nem perto de acabar. De repente, Carlos, o Conde de Molina, decidiu somar suas forças à equação complicada. Foi mais um obstáculo que Dom Pedro I precisou superar para continuar vivo.

Sem muitas saídas a vista, o Duque de Bragança assinou uma aliança com exércitos espanhóis e, como consequência, um tratado de paz foi assinado. De 26 de maio de 1834 em diante, Portugal ficaria bem. Ao menos era o que Pedro esperava.

Dom Pedro I em 1822, por Simplício Rodrigues de Sá / Crédito: Domínio Público/ Creative Commons/ Wikimedia Commons

Uma perda irreversível

Enquanto lutava no conflito, a saúde de ferro do ex-imperador decaiu de uma forma nunca vista antes. Tão destrutiva por dentro quanto foi por fora, a guerra deteriorou a imunidade de Dom Pedro I e, de repente, ele se viu vítima da tuberculose, em 1834.

O ex-imperador brasileiro morreu em 24 de setembro de 1834. Deixou seus filhos e sua esposa para trás e, conforme pedido, teve seu coração sepultado na Igreja da Lapa, no Porto. O cadáver, por sua vez, foi enterrado em Lisboa. 


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